BUENOS AIRES – Confirmando seu interesse em manter uma boa relação com a Argentina, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou nesta quarta-feira feira para o chefe de Estado argentino, Mauricio Macri, e o convidou para visitar a Casa Branca este ano. Segundo informou a Casa Rosada, ambos presidentes conversaram durante cerca de cinco minutos e alguns dos principais assuntos foram ?a região e a Venezuela, em particular?. De acordo com uma alta fonte do governo argentino, Trump e Macri não falaram sobre a situação política brasileira. aissami
O governo americano acaba de aplicar sanções econômicas ao vice-presidente venezuelano Tareck El Aissami, acusado de vínculos com o narcotráfico. A preocupação do presidente argentino em relação à crise venezuelana é grande e Macri tem pedido, insistentemente, pela liberação dos presos políticos e a realização de eleições gerais no país.
?Durante a conversa, que se prolongou durante uns cinco minutos, Macri acordou com o presidente americano que os chanceleres (de ambos os países), que se reunirão nesta quinta-feira na Alemanha, coordenem a data do encontro (em Washington)?, informou o governo argentino.
O presidente argentino conversara com Trump após a vitória do chefe de Estado americano, em novembro passado. Ambos se conhecem há muitos anos e já fizeram negócios juntos, nos Estados Unidos. Em visitas à Argentina, no passado, Trump visitou a residência de fim de semana da família Macri e em várias oportunidades elogiou a carreira política do presidente argentino.
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De acordo com informações publicadas pelo jornal ?Clarín?, o presidente americano pretende que Macri assuma uma posição de líder regional, em meio à crise da Venezuela e, também, à delicada situação política no Brasil. Semana passada, o presidente argentino conversou com o vice americano, Mike Pence, e ambos se comprometeram a ?redobrar esforços? para impulsionar o crescimento econômico dos dois países.
Ao contrário de outros países da região, como o Chile, a Argentina não está preocupada pela onda protecionista do governo Trump. O governo Macri, em palavras do próprio presidente, vê esta situação como uma oportunidade para que seu país e o Mercosul avancem na negociação de acordos comerciais com outros blocos, entre eles a União Europeia (UE).
