Cotidiano

Rodovias: Oeste terá R$ 539 milhões para recuperar 2,3 mil km

O dinheiro será suficiente, em prazo de três anos, para alcançar boa parte da malha rodoviária intermunicipal

A região Oeste vai receber cerca de 23% dos R$ 2,3 bilhões anunciados pelo governo Beto Richa no maior programa de recuperação e conservação de rodovias estaduais da história do Paraná. A previsão é de as PRs que cortam uma das parcelas de maior produção agropecuária do Estado recebam R$ 539,2 milhões em investimentos. O dinheiro será suficiente, em prazo de três anos, para recuperar 2.334.02 quilômetros, alcançando boa parte da malha rodoviária intermunicipal.

O DER já está com os processos de licitação em andamento, com abertura das propostas já a partir de segunda-feira. Se tudo correr bem, a previsão é de que os primeiros trabalhos comecem em algumas semanas. O conjunto de obras anunciado por Beto Richa terá dois tipos de tratamento. Um deles é conhecido por COP (Conservação de Pavimento), para restauros considerados mais simples e superficiais. O outro, o Cremep (Conservação e Recuperação com Melhorias do Estado do Pavimento). Nesse caso, há a retirada da camada danifica e troca por outra, nova.

Recursos

O programa prevê melhorias em 1.441,45 quilômetros de rodovias no Oeste por meio do COP e de 922,57 quilômetros a partir do Cremep, totalizando 2.334,02 quilômetros. Para cumprir as obras previstas no Programa de Conservação de Pavimento, são previstos recursos de R$ 262,6 milhões. Já para o Cremep, a meta do governo estadual é de injetar R$ 276,6 milhões nas rodovias do Oeste alcançadas pelo programa. A soma, então, chegará a R$ 539,2 milhões.

Rodovias

As rodovias do Oeste integradas ao projeto (COP) são: 180, 239, 317, PRC 467, 488, 495, 496; 180, 239, 317, 467, 471, 474, 484, 573, 575, 581, 580, 670, 875 e 967. E pelo Cremep, são: 239, 317, 471, 484, 574, 592; 585, 317, 182, 488, 495, 491, 497, 589 e 873. A abertura das cartas começa na segunda-feira, no DER, em Curitiba, e segue, segundo os lotes de obras previstos, nos dias 26, 27 e 28 de abril. A empresa vencedora da execução dos trabalhos previstos no último, para a região, será conhecida, se tudo correr bem, no dia 2 de maio.

Pacote prevê R$ 2,3 bilhões em obras

O anúncio do maior programa de conservação e recuperação de rodovias estaduais foi feita pelo governador Beto Richa durante solenidade na Fetranspar, a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná. O investimento global em três anos chegará a R$ 2,3 bilhões, com 10,2 mil quilômetros de rodovias recuperados. “É o maior ciclo de investimentos já visto na história do Paraná e isso só é possível porque nos preparamos antecipadamente”, disse Richa, referindo-se ao ajuste fiscal adotado pelo governo estadual em 2014.

Os investimentos, segundo Richa, compõem o novo pacote de licitações para a malha rodoviária no Paraná. Somente no ano passado, o governo destinou cerca de R$ 1,01 bilhão para obras, conservação e melhorias, o que garantiu ao Paraná a posição de segundo estado do País com mais investimentos no setor (na subfunção transporte), atrás apenas de São Paulo. Os dados são do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, com base em dados da Secretaria do Tesouro Nacional.

“A governança instituída em nosso governo e nosso planejamento prévio permitiram obras em todas as regiões do Estado”, disse Richa. Apenas em duplicações de rodovias estaduais foram aplicados cerca de R$ 2 bilhões desde 2011. “Estamos executando o maior programa de duplicação de rodovias dos últimos anos. Temos 500 quilômetros de rodovias duplicadas que proporcionam mais segurança e agilidade para os motoristas”, afirmou o governador do Paraná.

Previsão de R$ 750 mi em 2017

O governo estadual deverá destinar ao longo deste ano R$ 750 milhões para as obras de conservação e de recuperação de rodovias estaduais em todas as regiões paranaenses. São recursos próprios do caixa do governo estadual. Na primeira fase de licitações serão 33 lotes, com início dos processos de abertura já a partir de segunda-feira.

Dos 10,2 mil quilômetros de obras, seis mil serão integrados ao COP e 4,2 mil ao Cremep, com trabalhos mais completos. Dos R$ 2,3 bilhões previstos, R$ 1,19 bilhão será para o COP e R$ 1,09 bilhão para o Cremep. A maior parte do dinheiro para dar andamento ao projeto (cerca de R$ 1,6 bilhão) virá de financiamento, do Bando do Brasil e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).