NOVA YORK – A consultoria PricewaterhouseCoopers é alvo de um processo de US$ 5,5 bilhões nos Estados Unidos, no que seria o maior caso contra a empresa, segundo o jornal ?Financial Times?. A companhia é acusada de não ter conseguido detectar uma fraude que acabou levando o Colonial Bank à falência em 2009, em meio à crise mundial.
A acusação foi feita pela seguradora de hipotecas Taylor, Bean e Whitaker (TBW), que também faliu durante a crise e alega que a PwC falhou na detecção de uma conspiração entre Lee Farkas ? fundador da TBW ? e executivos do Colonial Bank, uma instituição americana que fornecia créditos à seguradora.
De acordo com o ?FT?, a PwC aprovou as auditorias anuais feitas no Colonial BancGroup, dono do banco, feitas entre 2002 e 2008.
O TBW diz que a PwC certificou a existência de US$ 1 bilhão em ativos do Colonial Bank que, na verdade, tinham sido vendidos ou não tinham valor, conforme noticiou o jornal americano.
Na semana passada, advogados representando a consultoria alegaram que a PwC não tinha relações com a TBW e nunca auditou a empresa ou teve acesso a seus dados.
O julgamento começou em 9 de agosto e deve durar seis semanas, diz o ?FT?. A PwC também deve enfrentar um processo judicial de US$ 1 bilhão no qual é acusada de más práticas profissionais ao ajudar a causar a falência da corretora MF Global Holdings em 2011.
A consultoria apelou, mas um juiz federal negou o pedido para dispensar o processo.