Cotidiano

Primeiras-damas discutem políticas e ações sociais às mulheres

Primeiras-damas discutem políticas e ações sociais às mulheres

A primeira-dama do Paraná, Luciana Saito Massa, presidiu nesta terça-feira (21) o II Encontro das Primeiras-Damas do Paraná — A Força da Mulher Paranaense, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. O evento, que contou com a presença de 300 participantes, entre prefeitas, primeiras-damas e assistentes sociais municipais, teve como objetivo apresentar políticas públicas das secretarias e autarquias estaduais que convergem para a proteção das mulheres, incentivo ao empreendedorismo e cuidados com a saúde, por exemplo. Elas receberam uma cartilha com informações sobre cada programa do Estado e como acessá-los.

De acordo com Luciana, a iniciativa é essencial para que o governo estadual conheça as necessidades de cada localidade, ao mesmo tempo em que apresenta projetos que contribuem para colocar a mulher no papel de protagonista de sua realidade. “Nosso propósito é estreitar laços e mostrar que essa união é essencial. Onde está a população que nós precisamos atender e fazer a diferença? Ela está nas cidades, então precisamos otimizar esse trabalho, que tem que ser em conjunto para que faça a diferença na vida da população paranaense”, afirmou.

Ela também destacou a atual bancada feminina na Assembleia Legislativa do Paraná, que passou de 5 para 10 deputadas estaduais, o maior número da história do Legislativo em quase 170 anos, reforçando o momento de discussão da temática na sociedade.

 

Fundo estadual

O governador Ratinho Junior também participou do evento e sancionou a criação do Fundo Estadual dos Direitos da Mulher, o FEDIM-PR, com a assinatura da lei 21.370/2023, que regulamenta o funcionamento do fundo. O governador destacou a atuação da bancada feminina na Assembleia. “Elas foram fundamentais para aprovar o Fundo Estadual dos Direitos das Mulheres, a Secretaria da Mulher e Igualdade Racial, entre outras iniciativas. A Luciana me ajuda muito no governo estadual e eu tenho certeza que as primeiras-damas ajudam muito nos municípios. Estamos formando um elo muito produtivo”, afirmou.

A secretária estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, ressaltou a importância da parceria entre municípios e Estado na construção de políticas públicas voltadas às mulheres. “Participaram do evento as principais personalidades femininas do Paraná. As primeiras-damas, direta ou indiretamente, ajudam as mulheres de cada município, então um evento como esse tem uma capilaridade muito grande, as mensagens serão difundidas e desenvolvidas nos municípios”, disse.

 

PROJETOS

Entre as iniciativas apresentadas está o Banco da Mulher Paranaense, da Fomento Paraná, que oferece linhas de microcrédito de até R$ 20 mil para empreendimentos informais, Microempreendedoras Individuais (MEIs) ou microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. Também apresentado o Ame-se, site que reúne diferentes iniciativas de todas as Secretarias de Estado em um único local, centralizando serviços que possam orientá-las de forma simples e descomplicada. A recém-criada Secretaria da Mulher apresentou o Departamento de Garantias dos Direitos da Mulher e várias outras iniciativas voltadas ao público feminino do Paraná.

 

Foto: AEN

 

Violência deve ser denunciada

A violência contra a mulher ainda é um assunto delicado, em que muitas se recusam a relatar o ocorrido ou têm dificuldades em perceber que são vítimas. Para mudar este cenário e garantir a proteção efetiva das mulheres, o Governo do Estado lançou ontem (21) uma nova campanha educativa criada totalmente por mulheres que estimula o registro das denúncias pelas vítimas e testemunhas, durante o encontro das primeiras-damas.

As peças sobre o tema serão veiculadas ao longo desta semana em rádio e televisão e em publicações nas redes sociais até o fim de abril. A partir de cenas dramatizadas que infelizmente são um retrato da realidade comum em muitos lares, o material aborda o ciclo vicioso de violência vivido pela maioria das vítimas.

Nas situações mostradas, o agressor, que acha que é uma espécie de controlador da vida da mulher, usa xingamentos, gritos e agressões em situações comuns. Na sequência, demostra arrependimento, momento em que o ciclo se reinicia. Na maioria dos casos, os crimes são cometidos pelos próprios companheiros ou ex-companheiros, mas também podem partir de filhos, pais, parentes próximos, cuidadores e até mesmo vizinhos.

A pedido da Secretaria de Estado da Comunicação, a veiculação será intensificada nos finais de semana, que, segundo sondagem da agência que confeccionou as peças, concentram o maior número de buscas sobre denúncia.