Cotidiano

Músicos brasileiros se apresentam em clube londrino que já recebeu Pink Floyd e Jimi Hendrix

16804758_10155797308964056_240959724_o.jpgRIO ? Em meio a dez candidatos, e uma seleção que durou 48 horas sobre os cuidados de Spider J, músico que colabora com grandes nomes como Lee Perry, Madness e Massive Attack, os jovens brasileiros Aghata Saan e Pedro Starling foram escolhidos para participar da sétima edição do Roundhouse Rising Festival, evento de música que acontece de 11 a 19 de fevereiro, em Londres. A cantora paulista, de 24 anos, e o DJ do coletivo de neofunk carioca Arrastão, de 20, vão se apresentar na capital inglesa, nesta sexta-feira, junto com músicos da Inglaterra, China, Indonésia, Nigéria e Jamaica.

A viagem é fruto de uma parceria entre o Circo Voador e o Roundhouse, tradicional casa de shows da Inglaterra onde já tocaram nomes como Pink Floyd, Hendrix, Stones e, recentemente, foi o local escolhido pelo Radiohead para lançar seu último álbum, “A Moon Shaped Pool” (2016).

A seleção dos jovens, que saíram do país pela primeira vez rumo à Londres, aconteceu através do BMundo Label, selo responsável por disseminar a música brasileira contemporânea na Europa.

Pedro Starling – Deu Onda

? Para nós, está sendo a melhor experiência que já vivemos. Nós abrimos o show do Paralamas no Circo, e fizemos um domingo que vai ficar gravado na nossa memória pra sempre ? comentou o músico sobre a noite em que ele e Aghata tocaram no quintal do Circo Voador com o soundsystem do grupo Digitaldubs. Agora, eles se preparam para apresentar nesta sexta o material que criaram junto com músicos de outros países.

? Até agora, já participamos de vários ensaios, workshops e assistimos algumas aprentações. Com certeza, quando voltarmos pro Brasil ficaremos com saudade ? acrescentou o DJ.

Aghata Saan – Miragem

A paulista Aghata Saan, que canta, produz e também toca teclado, contou que desde a chegada em Londres, no começo da semana, já finalizou três tracks nos headquarters da Roundhouse.

? Só está sendo um pouco complicado para me comunicar em inglês, mas estamos falando de música e fazendo música, que é uma linguagem universal. Quando começamos a produzir e tocar, somos todos iguais ? declarou a artista, participante de um coletivo paulista chamado Feminine Hi Fi, responsável por eventos de reggae que reúnem 15 mulheres para tocar nas ruas de São Paulo.

? Aqui em Londres, somos mais ou menos 15 jovens, e a maioria são homens. Tem apenas duas DJs e uma cantora nesse grupo, além de mim. Mas acredito que aos poucos vamos mudando essa cultura machista e ocupando nosso espaço ? finalizou Aghata.