Os movimentos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff (PT) recuaram na posição de convocar manifestações e pedir a renúncia do presidente Michel Temer (PMDB). O MBL (Movimento Brasil Livre) decidiu recuar na posição de pedir a renúncia de Temer, afirmou à Folha de SP, em matéria publicada hoje. "Há motivo de sobra para investigar Temer nos áudios, mas eles são inconclusivos. Vamos suspender a posição prórenúncia até que surjam novas informações", afirmou o coordenador do movimento, Kim Kataguiri
VEM PRA RUA
Já o Vem Pra Rua suspendeu a convocação que havia feito para atos no domingo (21), alegando motivos de segurança. O movimento promete nova data de manifestação, ainda não marcada.
O tema principal, afirmou Rogério Chequer, coordenador do movimento, na quintafeira (18), seria "fora todos os corruptos", não apenas pela renúncia de Temer. Segundo comunicado enviado pelo grupo nesta sexta (19), "o adiamento não significa recuo? ao contrário, nada abala nossa convicção de que todos, sem exceção e de que partidos forem, devem ser punidos pelos crimes cometidos".
"A decisão foi tomada já que em muitas cidades não houve tempo hábil para planejar a segurança ideal, como sempre aconteceu, mesmo naquelas em que havia mais de um milhão de pessoas nas ruas", diz o texto.
Em São Paulo a decisão foi tomada após reunião de movimentos com a Polícia Militar, que teria orientado a suspensão dos atos por causa da Virada Cultural, que ocorre no mesmo final de semana, dizem coordenadores.
MOVIMENTO LIBERAL ACORDA BRASIL
O Movimento Liberal Acorda Brasil, que também participou das manifestações antiDilma de 2016, porém, manteve a posição pedindo a saída de Michel Temer. Nas redes sociais, os coordenadores afirmam que "vai ficar chato se continuarem a dizer que a gravação não é nada demais" e "é tão difícil assim entender que ela é só um pequeno extrato de MUITO mais?". O grupo, porém, não fez convocação para atos.