RIO – O chocolate tem tomado o lugar das drogas sintéticas nas boates de música eletrônica da Europa e dos Estados Unidos, informa uma reportagem do site “Ozy“.
De acordo com a publicação, inalar cacau ou chocolate, da mesma forma que cocaína, se tornou “moda” entre frequentadores de festas em Berlim, Londres e Nova York. O consumo é mais comum em uma nova geração de raves que prega um ambiente positivo e saudável, sem drogas ilícitas e alcóol.
“É como um abraço sensual e macio”, contou Ruby May, organizadora de uma festa em Berlim. Para seis horas de balada, ela costuma inalar 18 gramas de cacau com um pouco de mel, xarope de agave e canela.
De olho na oportunidade, o chocolatier belga Dominique Persoone inventou um inalador de cacau em pó, à venda por US$ 50 (cerca de R$ 200).
Supostamente, o “barato” do cacau viria da endorfina que penetra na corrente sanguínea após o consumo. O magnésio, também presente no alimento, serveria como um relaxante muscular. No entanto, médicos defendem que qualquer substância presente no chocolate estaria em uma quantidade pequena demais para causar alguma alteração de comportamento, e dizem que provavelmente a “droga” opera como um placebo entre os frequentadores das festas.