BRASÍLIA ? O ministro da Secretaria Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, disse, nesta segunda-feira, que as eleições municipais dão força para o governo aprovar a PEC do teto dos gastos no Congresso. Segundo ele, o pleito eleitoral mostrou que o brasileiro quer um governo que faça o ajuste e controle a inflação.
? Esse resultado das eleições demonstra exatamente isso: que o povo rejeitou o discurso de golpe, o discurso de raiva, o discurso de ódio nesse processo. Povo mostrou claramente que quer gestão, que quer solução de problemas ? disse o ministro, que completou:
? A sociedade brasileira quer, com muita clareza, apoio às propostas que significam austeridade fiscal, um governo que não gaste mais do que arrecade, um governo que controla inflação, governo que tem a coragem pra dizer que alternativa a isso é aumento de impostos. Eu não tenho dúvida que ela está mostrou isso o resultado está aí.
Ao ao sair de um jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ele afirmou que o teto estabelecido não vai sofrer nenhuma flexibilização. Questionado se haveria possibilidade de a PEC ser votado na semana que vem, o ministro respondeu que o governo trabalha pra isso e vai votar.
? Não tem mais o que ficar discutindo tanto ? disse Geddel de forma taxativa.
Segundo ele, o presidente Michel Temer já mostrou que é um homem do Parlamento e deve ajudar para que haja uma vitória expressiva no Congresso. Geddel disse que governo não pode continuar a insistir em certos equívocos como quando, perguntado por jornalistas, marcar datas para o envio da PEC da Reforma da Previdência. Ele disse que será enviada após a aprovação da PEC dos gastos.
Já o relator, da PEC, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), afirmou, após o evento, que não serão retirados recursos de saúde e educação. Ele disse ainda que a PEC dos gastos deve ser votada na próxima segunda-feira, dia 10. Perondi também afirmou que só a PEC não basta para resolver o problema das contas públicas: a reforma da Previdência é crucial.