Cotidiano

Feijão e arroz estão mais caros nos supermercados

Conforme dados do IBGE , sete em cada dez brasileiros comem feijão com arroz todos os dias

Cascavel – Nutritivo e muito saboroso. Uma iguaria do povo brasileiro. Esse é o tradicional prato de feijão com arroz, uma das combinações mais comuns nas casas das famílias brasileiras. Mas comer esses dois ingredientes está cada dia mais difícil. O motivo é o preço, que está, segundo os consumidores, nas alturas.

Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sete em cada dez brasileiros comem feijão com arroz todos os dias. O Ministério da Agricultura diz que o brasileiro come, em média, 25 quilos de arroz por ano.

O Jornal O Paraná foi até um supermercado de Cascavel para ver a diferença de preços do mesmo produto. Lá o valor do feijão oscilava de R$ 4,35 a R$ 5,88, dependendo da marca. Já o arroz, uma marca específica custa a bagatela de R$ 42,95. Os demais variam de R$ 9,97 a R$ 16,98 por cinco quilos do produto.

A dona de casa Neiva Pellenz disse que fica bastante tempo em frente às gôndolas pesquisando.

“Lembro que há pouco tempo encontrava feijão preto por R$ 2,50, até menos. Hoje ele custa o dobro”.

Quanto ao arroz, ela comenta que a tendência é diminuir o pacote.

“Antes eu comprava um pacote de cinco quilos, agora estou comprando de dois quilos”.

Fazendo compras com a mãe, o técnico em segurança do trabalho Elci Alvair Lamb disse que os preços aumentaram muito.

“Antigamente eu vinha ao mercado, pegava um carrinho grande e enchia. Hoje pego o menor que tem ou ainda uma cestinha”.

Segundo o Ibrafe (Instituto brasileiro de Feijão), o aumento é em função das mudanças climáticas na área rural nos últimos meses e, com isso, a produção é afetada, gerando menos oferta de produtos nas prateleiras.

Dados do Deral

Conforme dados do Deral (Departamento de Economia Rural), a safra de feijão 2015/2016 em Cascavel teve uma queda de 5% na área plantada, passando de 2.401 para 2.271. Apesar da queda, a produção geral, em todo Estado, subiu 2% e o rendimento por hectare subiu 8%, saltando de 1.949 quilos para 2.100 nesta safra.