WASHINGTON – A economia americana cresceu 1,9% no quarto trimestre, o mesmo número apresentado na estimativa anterior para o Produto Interno Bruto (PIB) americano. No resultado, um investimento mais fraco por parte de empresas, estados e agências locais anulando a alta de 3% das compras pelas famílias.
O índice de crescimento nos últimos três meses de 2016 também representa uma desaceleração em relação aos 3,5% registrado no trimestre anterior, informou, nesta terça-feira, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O número da segunda estimativa do PIB ? ao todo os EUA divulgam três delas ? ficou abaixo da média das projeções de analistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam expansão de 2,1% na taxa anual.
O resultado reforça o papel de destaque que os consumidores continuam a ter na expansão atual da economia americana, ajudados por um mercado de trabalho com desemprego em baixa, crédito com custos baixos e alta na confiança.
De acordo com o índice da organização empresarial Conference Board, a confiança dos consumidores nos EUA alcançou seu nível mais elevado em mais de 15 anos, surpreendendo os analistas. O índice ganhou 3,2 pontos e ficou em 114,8 unidades, o nível mais alto desde julho de 2001, enquanto os analistas esperavam um leve retrocesso.
O otimismo em relação às promessas do presidente Donald Trump de reduzir impostos e regulações e de reconstruir projetos de infraestrutura também pode ajudar a encorajar as empresas a elevarem seu nível de investimentos este ano, o que vai contribuir para uma elevação do PIB.
O crescimento de 1,9% no quarto trimestre está em linha com a média de expansão de 2% que vem sendo registrada desde meados de 2009.