Cotidiano

Doria se recusa a opinar sobre reforma trabalhista em SP

SÃO PAULO – O candidato a prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) se recusou nesta segunda-feira a se posicionar sobre a proposta de reforma trabalhista em discussão no governo federal. O tucano alegou que não falaria sobre temas nacionais na eleição municipal.

– Eu não fujo das perguntas mas estou aqui como candidato a prefeito de São Paulo. Vou responder (perguntas) sobre temas vinculados à cidade – afirmou Doria.

Empresário, o candidato costuma dizer na campanha que trabalha pelo menos 16 horas por dia. Perguntado se estava evitando se posicionar sobre mudanças nos direitos trabalhistas porque é um assunto bastante impopular, Doria negou, disparando contra o candidato à reeleição Fernando Haddad.

– Temas nacionais eu não vou responder. Pergunta isso para o Fernando Haddad porque ele está louco para nacionalizar a campanha e fugir das questões locais.

Uma das alterações que o governo federal estuda fazer é permitir que a jornada de trabalho possa ser de até 12 horas por dia. Hoje são oito horas diárias.

Haddad participou ontem do ato na Avenida Paulista contra o governo Michel Temer e a mudança da jornada de trabalho. A campanha do petista tem visto na proposta uma chance de melhorar sua performance na eleição. O prefeito tem apenas 9% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira passada.

Doria tem como principal retórica eleitoral a crise econômica, a corrupção e a gestão do PT na cidade e no país. Entretanto ele disse nesta manhã que não considera esse discurso uma nacionalização do debate eleitoral.

– Essas coisas que eu digo é realidade e afetou diretamente São Paulo. Oportunamente as pessoas saberão disso (posição dele sobre a reforma).

O candidato não assinou carta de compromissos elaborada pela OAB-SP nesta manhã durante uma apresentação das propostas do tucano a entidade. Doria disse que nao poderia se comprometer com dois pontos: apoiar plebiscitos ou referendos para ouvir a população e lutar pelo fim das votações secretas na Câmara municipal.

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