SÃO PAULO – Depois de uma semana positiva para os mercados financeiros locais, os investidores devem ficar atentos às notícias que podem influenciar o andamento da economia e, consequentemente, no seu bolso. No exterior, as atenções estarão voltadas não só às novas medidas administrativas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas principalmente à decisão do comitê de política monetária (Fomc, na sigla me inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que na quarta-feira faz seu anúncio sobre as perspectivas para as taxas de juros.
? O juro deve ser mantido nos EUA, mas o mais importante é o recado que o Fomc vai passar. Se sinalizar ainda um processo de alto gradual, isso é positivo para os mercados de emergentes ? disse Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, lembrando que o PIB americano em 2016 cresceu um pouco menos que o esperado.
Outro fato importante, ainda nos EUA, será a divulgação de números sobre o mercado de trabalho, na quinta. Internamente, a maior preocupação é com a homologação da delação premiada dos executivos da Lava-Jato, que deve ocorrer até terça. A semana ainda tem a divulgação dos dados do setor público e o balanço do Bradesco referente ao quarto trimestre.
TERÇA-FEIRA: BC divulga o balanço das contas do setor público em 2016
Nesta terça-feira, dia 31, o Banco Central divulga aqui os dados das contas do setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e estatais referentes ao mês de dezembro e a todo o ano de 2016. É nesse relatório que aparece como está o déficit primário do governo, ou seja, o quanto as despesas estão acima das receitas, mesmo sem incluir os gastos com juros da dívida. A relação entre a dívida e PIB é outro item importante dessa divulgação.
ATÉ TERÇA-FEIRA: Supremo deve homologar delações da Odebrecht
Até terça, 31, último dia do recesso do Poder Judiciário, é esperado que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, faça a homologação das delações premiadas dos executivos da Odebrecht. A depender do conteúdo, há o temor de que essas denúncias possam atingir o alto escalão do governo e isso atrapalhar a aprovação de medidas econômicas, o que seria ruim para a retomada da economia e teria impacto nos mercados financeiros.
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