NOVA YORK – O Goldman Sachs reduziu sua previsão para a probabilidade de o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) elevar, na semana que vem, as taxas de juros no país. Agora, segundo o banco, a chance é de 25%, ante 40% de possibilidade na estimativa anterior, após declarações de autoridades do Fed
“Um fio condutor foi a ausência de um sinal claro de que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) provavelmente suba as taxas em setembro”, ressalta a instituição.
Para o banco, isto é significativo porque, se a alta fosse provável, “normalmente o comitê faria um esforço por ‘empurrar’ o mercado na direção da antecipação de uma alta”
O Fomc se reunirá em 20 e 21 de setembro. Ao fim da reunião, o comitê emitirá um comunicado sobre a política monetária e prognósticos atualizados dos integrantes sobre a direção da economia e das taxas de juros. Em seguida, a presidente do Fed, Janet Yellen, concederá entrevista coletiva.
Além disso, o Goldman Sachs disse que as possibilidades de a próxima alta acontecer na reunião de dezembro subiram 40%, ante 30%.
Na segunda-feira, três funcionários do Fed realizaram declarações públicos, sendo a mais esperada a da diretora Lael Brainard, que é contra um endurecimento da política monetária. Alguns investidores esperavam que a autoridade apresentaria sinais mistos em sua declaração, mas Brainard pediu cautela quanto à elevação dos juros.
Após as declarações de Brainard, as estimativas do mercado sobre a probabilidade de alta dos juros nos EUA na próxima semana caíram para 15% ante 24% no dia anterior, segundo o instrumento de medição FedWatch do CME Group.
Em dezembro de 2015, o Fed subiu as taxas de juros pela primeira vez em quase dez anos, elevando a taxa de financiamento federal para a faixa entre 0,25% e 0,50%.