A antecipação da semeadura, o clima favorável ao desenvolvimento do fungo e a presença de soja voluntária (guaxa) na entressafra são os principais motivos para o aumento expressivo dos casos de ferrugem asiática nas lavouras de soja do País na safra 2018/2019. Até a semana passada o Consórcio Antiferrugem havia registrado 69 ocorrências nesta temporada, 331% a mais que no mesmo período da safra 2017/2018.
O Paraná lidera os registros da doença nesta temporada com 37 ocorrências, 311% a mais que no ciclo anterior. Os estados que também registraram a presença da ferrugem asiática até o momento são: Rio Grande do Sul (13 casos), Santa Catarina (7 casos), São Paulo (6 casos), Minas Gerais (3 casos) e Mato Grosso do Sul (3 casos).
A ferrugem asiática é considerada a principal doença do cultivo da soja no Brasil. De acordo com a Embrapa, as perdas causadas variam de 10% a 90% da produção. O clima úmido e com temperaturas amenas favorece o desenvolvimento do fungo Phakopsora pachyrhizi que se propaga facilmente pelo vento.
“O manejo preventivo é indicado para retardar o aparecimento do fungo e reduzir os sintomas da doença na plantação. Existem produtos indicados para cada fase da lavoura e do desenvolvimento da doença”, explica Helio Cabral, gerente de Marketing Soja da BASF.
As aplicações preventivas melhoram o controle fitossanitário e podem aumentar a produtividade da lavoura.
Quando aparecem os primeiros esporos na área é preciso impedir o desenvolvimento do fungo.
Sintomas
Os sintomas iniciais da doença são pequenas lesões foliares, de coloração castanha a marrom-escura. Na face inferior da folha, observam-se lesões que se rompem e liberam os esporos. Plantas severamente infectadas apresentam desfolha precoce, o que compromete a formação, o enchimento de vagens e o peso final do grão.
O manejo correto da ferrugem asiática evita perdas de produtividade e permite melhor rentabilidade, contribuindo para o legado do negócio.