Agronegócio

Mesmo com crise, Copacol cresce e fatura R$ 3,4 bilhões

Na série de reportagens sobre a força do cooperativismo do oeste do Paraná, o balanço do ano de 2017 e os planos para 2018 de mais uma das referências regionais. Com 56 anos desde sua fundação, a Copacol foi destaque na geração de emprego, renda e faturamento em 2017.

Segundo o presidente Valter Pitol, foi um ano desafiador para a cooperativa, principalmente em relação à comercialização da carne de aves. “Sempre pautados com foco na qualidade dos nossos produtos e processos, passamos mais fortes por essas adversidades e ainda conseguimos aumentar as nossas exportações e realizamos investimentos como a inauguração do Laboratório Industrial, a Fábrica de Premix, a nova Fábrica de Rações para Matrizes, além da reestruturação das fabricas de rações em Cafelândia, o início das obras de ampliação do Abatedouro de Aves da Unitá em Ubiratã e a conclusão das obras de ampliação do Abatedouro em Nova Aurora para 140 mil peixes por dia, produção que garante a Copacol como a indústria com o maior volume de abate de tilápias da América do Sul”, afirma Pitol.

Referência em gestão

Segundo o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, a Copacol é uma referência em gestão e organização que permite passar por momentos de instabilidades econômicas, aumentando o faturamento e ainda distribuídas sobras significativas para seus cooperados. “A sua capacidade de inovação em desenvolver novas atividades como foi a piscicultura em 2008 e toda sua diversificação de atividades dão a oportunidade do desenvolvimento do quadro social, colaboradores e consequentemente toda a região”, ressalta Ricken.

Sobras

Foram repassados para os cooperados entre Sobras, Complementações Juros e Capital, um total de R$ 58,5 milhões, com uma parte antecipada no mês de dezembro e o restante pago em fevereiro último, nas unidades da cooperativa.

Segundo o associado de Cafelândia Aquilino Viel, a administração da cooperativa está de parabéns por repassar esses valores mesmo em um ano difícil como foi 2017. “Agradecemos à nossa diretoria pelo trabalho exemplar na administração da Copacol. Hoje temos orgulho de dizer que fazemos parte de uma cooperativa de referência para o cooperativismo brasileiro”, conclui Viel.

Mesmo com perdas, produtividade da soja é satisfatória

Os produtores cooperados à Copacol colheram na última safra de soja (2017/2018) 7,7 milhões de sacas da oleaginosa, apesar de vários fatores adversos à cultura durante oseu ciclo de desenvolvimento no campo.

Com área aproximada de 170 mil hectares de cultivo, a produção média por alqueire chegou a 152 sacas.

De acordo com o gerente técnico da cooperativa, Fernando Fávero, a produção foi considerada boa diante de alguns fatores, como o excesso de precipitação no início do ciclo da soja, além de muita umidade e falta de luminosidade na fase de enchimento de grãos e ainda a epidemia de ferrugem asiática, sem falar que houve um pequeno atraso no período de semeadura. “Os cooperados fizeram a parte deles, aplicaram as tecnologias disponíveis e recomendadas, não fosse isso, poderíamos ter perdas muito maiores de produtividade e produção. Com a elevação dos preços, a rentabilidade dos cooperados será satisfatória na safra 2017/2018”, relata Fernando.

Para o presidente da Copacol, Valter Pitol, apesar dos desafios enfrentados nesta safra, principalmente diante do clima adverso à cultura, a produtividade atendeu as expectativas. “A estrutura da cooperativa atendeu plenamente as condições de recebimento da safra. Mesmo com a redução da média de produtividade, estamos satisfeitos e, com a melhora nos preços, os produtores terão também uma melhor remuneração nos seus produtos”, destaca Pitol.