São Paulo – Pesquisa Ibope em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nessa quinta-feira mostra que os pré-candidatos que lideram as intenções de voto também são os mais “odiados” pelos eleitores.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecem à frente dos cenários, mas também detêm os maiores índices de rejeição: 33% e 31%, respectivamente. Situação nada confortável também para o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), com 22% de rejeição, e Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), cada um com 18%.
Outro dado que chama a atenção na pesquisa é a quantidade de eleitores insatisfeitos com o atual quadro de pré-candidatos. Em um dos cenários, sem Lula, 33% disseram votar em branco ou anular o voto e outros 8% não responderam ou não sabem em quem votar. Ou seja, 41% dos entrevistados. Na outra simulação, com Lula, os números também são elevados: 22% disseram votar branco/nulo e 6% não sabe/não respondeu, um total de 28%.
Intenções de voto
A pesquisa Ibope/CNI apresentou duas simulações para as eleições a presidente do Brasil. Quando o ex-presidente petista é incluído, ele aparece na frente, com 33%, seguido por Bolsonaro (15%), Marina (7%), Ciro (4%), Alckmin (4%) e o senador Alvaro Dias, do Podemos, com 2%. Os demais tiveram 1% ou menos.
Sem Lula, que está preso na Polícia Federal do Paraná desde 7 de abril condenado por corrupção, Bolsonaro aparece empatado tecnicamente com Marina, com 17% e 13%, no limite da margem de erro, que é de 2 pontos para mais ou para menos.
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Nesse cenário, em seguida estão Ciro com 8% e Geraldo Alckmin com 6%.
Metodologia
A pesquisa Ibope/CNI analisou todo o território brasileiro. O levantamento foi feito de 21 a 24 de junho com 2 mil pessoas em 128 municípios. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-02265/2018. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Avaliação do Governo Michel Temer
A pesquisa também mostrou que a avaliação negativa do Governo Michel Temer (MDB) subiu de 72% para 79%, ante a última pesquisa, feita em março e divulgada em abril. Segundo o levantamento, que mediu a popularidade do Governo Temer, a avaliação de que o governo é regular foi de 21% para 16%. Na pesquisa, 4% disseram que o governo é ótimo ou bom, ante 5% no levantamento passado. Temer segue como o mais mal avaliado entre os presidentes desde José Sarney.
O levantamento mostrou que a aprovação da maneira de governar de Temer está em 9%, ante 7% no levantamento de março. Já o índice de desaprovação oscilou de 87% para 90% e o total dos que não responderam oscilou de 4% para 3%.
