Política

Temer: não se deve temer as urnas ao votar pela Previdência

Brasília – Mesmo com os trabalhos suspensos no Congresso Nacional, por conta do recesso parlamentar, o governo federal segue em busca de apoio político para aprovar a reforma da Previdência no ano que vem. O presidente Michel Temer afirmou que votar a favor da matéria não é motivo para ter medo de perder votos nas eleições de 2018. A declaração foi dada durante encontro com jornalistas em Brasília, ainda na sexta-feira (22).

“Eu tenho exemplo das eleições municipais, de candidatos que, na ânsia eleitoral, se colocaram, por exemplo, contra a reforma Trabalhista, contra a reforma do Ensino Médio e perderam a eleição. Outro que apoiou ganhou a eleição”, exemplificou.

Temer disse ainda que outros partidos, além de PMDB, PPS, PTB e PSDB, devem fechar questão a favor da aprovação da reforma até a data da votação. Além disso, o líder do Executivo federal alertou para o fato de a inflação e os juros saírem de controle, caso o texto não seja aprovado.

Durante a reunião, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, falou sobre pontos importantes da reforma e disse que o governo está confiante para a aprovação do texto. “As campanhas de esclarecimentos feitas por outros setores também estão avançando bem. A nossa convicção é que, de fato, chegaremos em fevereiro em condições de votar a reforma”, afirmou.

Projeções do Tesouro Nacional apontam que o rombo no setor previdenciário pode chegar a R$ 181,6 bilhões em 2017. Em 2016, o déficit chegou a R$ 149,73 bilhões, prejuízo 74,5% maior do que o registrado em 2015.

Entre outros pontos, a reforma da Previdência prevê uma idade mínima para se aposentar de 62 anos para as mulheres e 65 para homens. O objetivo também é equiparar as regras previdenciárias dos servidores públicos as dos contribuintes do INSS.