A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que coordenada a movimentação que busca o impeachment do presidente Lula decidiu adiar o protoloco do pedido, segundo ela, a pedido de outros parlamentares que integram o movimento, para que novas adesões sejam efetivadas. Na terça-feira (20), primeira data definida pelo protocolo, 133 deputados já tinham assinado o documento, incluindo diversos parlamentares da base governista que, inclusive, comanda ministérios no “Lula 3”.
“O pedido já conta com 122 assinaturas, inclusive da base governista”, disse Zambelli em coletiva de imprensa sediada no Salão Verde da Câmara dos Deputados, antes dos 11 novos nomes surgirem. O pedido tem como base o Artigo 5º da Constituição Federal, uma vez que Lula teria cometido “ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”. O presidente petista comparou a atuação de militar Israel contra os terroristas do Hamar, na Faixa de Gaza, ao Holocausto quando milhões de judeus foram mortos pelos nazistas comandados por Hitler.
Com o adiamento do protocolo, o movimento vai conversar com a Bancada Evangélica e Católica sobre a questão, o que pode aumentar o número de apoios ao pedido.
NO SENADO
Em discurso no plenário, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) questionou as declarações de Lula sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas. O parlamentar alertou que a crise entre os dois países pode prejudicar parcerias importantes, incluindo áreas como agricultura, indústria, pesquisa e segurança, setores nos quais o Brasil depende de tecnologia israelense. Ele destacou que Israel tem contribuído para o avanço da agricultura no semiárido brasileiro, na implementação de técnicas de irrigação que têm beneficiado significativamente o Nordeste do Brasil.
“Há uma cooperação intensa nas áreas técnica, científica e tecnológica, incluindo intercâmbios acadêmicos e parcerias em pesquisa e desenvolvimento, incluindo a venda de equipamentos militares e tecnologia de segurança. Essa parceria também abrange a cooperação em segurança cibernética — que é um problema sério que nós temos que encarar com seriedade aqui neste país”, disse Pontes.
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Foto: Agência Senado
