Política

Paraná Pesquisas: Bolsonaro e Lula estão empatados dentro da margem de erro de 2,2%

O Paraná Pesquisas divulgou, ontem (13), a sua primeira pesquisa presidencial, em todo o cenário nacional após a definição do segundo turno

Paraná Pesquisas: Bolsonaro e Lula estão empatados dentro da margem de erro de 2,2%

Cascavel – O Instituto Paraná Pesquisas foi o que mais se aproximou do resultado oficial do primeiro turno das eleições de 2022. O instituto indicou Lula com 47,1% e Bolsonaro, 40%. Após 100% das urnas apuradas, Lula teve 48,43% e Bolsonaro 43,20%. O instituto acertou a porcentagem de Lula dentro da margem de erro e ficou muito perto de Bolsonaro. Porém, mostrou mais confiança nos seus levantamentos e se aproximou muito mais do que institutos como Datafolha, Ipec e Quaest.

O Paraná Pesquisas divulgou, ontem (13), a sua primeira pesquisa presidencial, em todo o cenário nacional após a definição do segundo turno, que será realizado no dia 30 de outubro.

Segundo o levantamento, o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue avançando e está empatado tecnicamente com dentro da margem de erro, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na disputa pelo Palácio do Planalto.

O líder da esquerda aparece com 51,9% dos votos válidos, quando brancos e nulos são excluídos da contagem. Já o candidato Bolsonaro (PL) tem 48,1%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados. No cenário geral, com os votos brancos e nulos, Lula tem 47,6% e Bolsonaro 44,1%. Apesar dos votos brancos e nulos não serem computados para a apuração dos votos válidos, nesse cenário, brancos e nulos somam 4,8%, enquanto não sabem ou não responderam, 3,6%.

Preferências

De acordo com o levantamento, Bolsonaro tem a maioria do eleitorado masculino. São 47,3% das intenções de voto, enquanto Lula tem 46,2%. Já entre o eleitorado feminino Lula lidera com 48,9%, enquanto Bolsonaro tem 41,1%.

Bolsonaro também aparece na frente nas regiões Norte e Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Enquanto Lula lidera com ampla vantagem no Nordeste.

Espontâneo

No cenário espontâneo, Lula tem 42,6% enquanto Bolsonaro tem 39,2% das intenções de votos. Ninguém, brancos e nulos somam 5,4% e não sabem ou não respondera, 12,8%.

Vitória no 2º turno

O instituto questionou os eleitores sobre quem eles acham que “conquista a vitória das eleições no segundo turno e será o próximo Presidente do Brasil”. De acordo com 50,2% dos entrevistados, Lula será o vencedor. 41,2% disseram que Bolsonaro consegue a virada e se sagrará vencedor; 8,6% não sabem ou não responderam.

Rejeição

O Paraná Pesquisas também questionou os eleitores sobre quais os candidatos que eles não votariam “de jeito nenhum”. Cada entrevistado poderia citar mais de um candidato. De acordo com os dados apurados, o ex-presidente Lula tem 45,5% de rejeição, enquanto Jair Bolsonaro registra 49,3%; 3,7% disseram que poderiam votar nos dois candidatos. Não sabem ou não responderam somam 3,9%.

Metodologia

O levantamento do Paraná Pesquisas ouviu 2020 eleitores de 8 a 12 de outubro de 2022. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi contratada pelo Partido Progressistas por R$ 190.000,00. Está registrada no TSE sob o número BR-08438/2022.

+++

TSE nega pedido para suspender canal com conteúdo crítico a Lula

Brasília – O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou ontem (13), por unanimidade, um pedido da campanha do ex-presidente Lula para que o canal Lula Flix, que reúne no YouTube materiais desfavoráveis ao candidato, fosse tirado do ar. Com a decisão, os ministros confirmaram o entendimento da ministra Maria Claudia Bucchianeri, que já havia negado a suspensão do canal. Ela afirmou que a campanha de Lula não apontou quais conteúdos específicos seriam irregulares e que não poderia tirar a página do ar com base num questionamento geral.

“Não é possível a suspensão de um canal inteiro com base na impugnação por amostragem de alguns conteúdos”, afirmou a magistrada. Bucchianeri frisou ainda se tratar de um compilado com reportagens da imprensa tradicional, sem distorções que pudessem justificar a remoção. “Não há agregação de nenhum valor criativo novo acerca desses materiais”, acrescentou.

Ao segui-la, o ministro Ricardo Lewandowski ressaltou, contudo, que o canal não traz a identificação clara de que se trata de material de campanha, conforme exige a legislação eleitoral. Ele destacou ainda que um dos vídeos que foram de fato questionados trazem informações sobre o suposto kit gay, que teria sido distribuído pelo governo Lula a escolas, tema já exaustivamente checado pela própria Justiça Eleitoral.

Por 5 votos a 2, os ministros determinaram que o canal coloque em destaque a informação de que se trata de um instrumento de campanha eleitoral. Pelo mesmo placar, foi ordenada a remoção do vídeo sobre o suposto kit gay.