No segundo mandato como vereador de Cascavel, e também na função de vice-presidente da Casa de Leis, Rômulo Quintino avalia o mandato, o trabalho da Câmara de Vereadores em 2017 e fala sobre uma possível candidatura à Assembleia Legislativa em 2018.
Insalubridade
“Um trabalho que tenho feito, que abraçamos e estamos dando apoio, é com relação à insalubridade para os agentes comunitários de saúde e para os agentes de endemias. Eles são a única classe que não tem insalubridade. E as equipes de Saúde da Família só existem por causa deles. Queremos fazer esse trabalho de forma aproximada, porque esses profissionais vão até as casas, identificam os problemas”.
Ano na Câmara
“Acredito que 2017 foi um ano diferente na Câmara. Tem um aprendizado dos novos vereadores, que entraram e precisaram de um tempo para se adaptar com toda a situação. Muitos se adaptaram com mais facilidade, cada um dentro do seu segmento. E tivemos votações importantes, tanto de autoria do legislativo quanto do Executivo. O comprometimento de Paranhos em dar o aumento do piso salarial para a classe do magistério é um dos destaques, porque a valorização do professor acaba dando margem para avançarmos em outras situações”.
Trabalho nos bairros
“No meu bairro, especificamente, o Universitário, conseguimos asfaltar todas as ruas, lutamos e conseguimos a conclusão da UBS. E agora estamos lutando pela construção do novo CMEI. O projeto está pronto e há previsão orçamentária para 2018. Mas temos que lutar por isso, ajudar a buscar verbas. Também, com o repasse da sobra do dinheiro da Câmara, sugerimos construções de academias da terceira idade e quadras de futebol sintético”.
Escola sem partido
“Uma discussão que estamos promovendo é sobre o projeto da Escola Sem Partido, que muitos confundem. Não queremos uma escola sem política. Até porque não é possível um esclarecimento e um ensino da história do Brasil sem falar de política. De política, não de partido. Foi marcada uma audiência pública para fim do ano, mas marcada pela Comissão de Educação, que já tem um posicionamento contrário e possivelmente já levaria para esse lado. A audiência acabou desmarcada. Queremos, sim, promover uma audiência pública, uma discussão ampla, e só depois disso vamos levar à votação”.
Investigações
“No mandato anterior, participamos da CPI do Cisop, que foi de bastante trabalho. O Ministério Público, inclusive, instaurou um inquérito, entendendo que há indício de irregularidade. Já na investigação do Estádio, que ocorreu em 2017, trata-se de um recurso próprio do Município, que foi usado para comprar um item que seria usado em determinado local, mas não pode ser usado porque não estava adequado. Neste caso, existe um nítido desperdício de dinheiro público. Aproximadamente R$ 300 mil jogados fora. Claro que queríamos que essas cadeiras tivessem sido instaladas. O estádio ficaria mais valorizado. Mas não ocorreu isso. Fizemos esse relatório, levamos para o MP e esperamos que analise a documentação, pedindo responsabilização do poder público na gestão passada. Não encontramos dificuldade para conseguir documentação a respeito do estádio. Mas, a respeito da CPI do Cisop, sim, e muita. Na época, a administração entrou na Justiça para impedir que seguíssemos em frente”.
Vice-presidência
“Ser vice-presidente da Câmara é uma responsabilidade a mais. Todas as decisões da mesa diretora são tomadas em conjunto. Tudo o que vamos fazer precisa ter um diálogo antes, ver a necessidade, a viabilidade. Mas acredito que estamos bem conduzidos com o nosso presidente, Gugu Bueno. Tivemos parecer favorável das contas de 2017 por parte do TCE, o que se dá pelo preparo da equipe técnica da Câmara, e tivemos a devolução de dinheiro à Prefeitura de Cascavel. Espero que 2018 seja ainda melhor”.
Convite do Executivo
“Fui convidado, sim, pelo Paranhos, para compor uma das novas secretarias. Mas, em consulta às minhas bases, analisamos, e decidimos que nesse momento era importante permanecer no cargo de vereador, pelo qual fui eleito, inclusive como o mais votado na última eleição. Me senti lisonjeado com o convite do prefeito na época, mas não poderia tomar a decisão sozinho. Agradeci, mas deixei para uma oportunidade futura, quem sabe”.
Candidatura
“Existe a possibilidade, sim, de eu ser candidato. Temos a candidatura a deputado estadual do Gugu Bueno, mas eu entendo a candidatura dele tanto quanto ele entende a minha. Estamos vendo apenas algumas questões de viabilidade eleitoral, mas é uma candidatura natural, até porque já estamos no segundo mandato de vereador, então precisamos avançar no processo”.