Foz do Iguaçu – O juiz da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, Pedro Aguirre Filho, tem uma árdua tarefa pela frente. Começou ontem a ouvir as 90 testemunhas de defesa apresentadas pelos 98 réus que respondem à ação penal das 5ª e 6ª fases da Operação Pecúlio/Nipoti.
Até 7 de dezembro devem sem realizadas seis audiências, parte da Justiça Federal e parte no auditório da delegacia da Polícia Federal. Em média, serão 15 depoimentos por dia.
As defesas de vários réus chegaram a recorrer ao TRF4 (Tribunal Regional Federal), em Porto Alegre, para que o número de testemunhas fosse reduzido, mas o pedido não foi aceito.
As testemunhas de acusação foram ouvidas em maio.
Crimes
Os réus são acusados pelo MPF (Ministério Público Federal) por crimes como corrupção passiva e ativa, oferecimento de vantagem indevida, irregularidades em licitações e usurpar o exercício de função pública.
A Operação Nipoti é um braço da Operação Pecúlio, que investiga esquema de desvio de recursos da Prefeitura de Foz do Iguaçu. A Nipoti foi deflagrada em dezembro de 2016, quando foram presos 12 dos 15 vereadores de Foz suspeitos de integrarem um esquema de corrupção que seria encabeçado pelo ex-prefeito Reni Pereira (PSB). Reni foi preso ainda durante o mandato e foi afastado do cargo de prefeito. Hoje ele cumpre prisão domiciliar. Dos vereadores presos, cinco foram reeleitos e tiveram o mandato cassado neste ano. Todos respondem ao processo em liberdade.