Política

Jacomo: estrutura para reforço à Saúde

Unidades básicas de saúde precárias e com poucos profissionais. UPAs lotadas e falta de vagas SUS nos hospitais de Cascavel. O caos no setor de saúde sentido diariamente pelos cascavelenses motivou o decreto de utilidade pública para fins de desapropriação do Hospital Jacomo Lunardelli, antigo hospital Santa Catarina, em Cascavel.

O decreto foi publicado em diário oficial no último sábado e faz com que a estrutura não possa ser explorada para outros fins. A proposta foi apresentada ontem, durante reunião do prefeito Leonaldo Paranhos com os secretários do Município. “O próximo passo é fazer o decreto do fato de desapropriação. Só que para isso teremos que fazer um depósito de R$ 7 milhões. Precisamos agir com responsabilidade”, afirma o prefeito.

A intenção é colocar em funcionamento um Estabelecimento Assistencial de Saúde, basicamente um aporte para média e alta complexidade. Além do dinheiro em caixa, o avanço da proposta também depende de concurso público para contratação de profissionais. A Prefeitura vai tentar conseguir o dinheiro com o Estado e por isso o prefeito foi, depois da reunião com os secretários, cumprir agenda em Curitiba com o secretário de Saúde Michele Caputo Neto.

Hospital Municipal

Quanto à possibilidade de fazer funcionar o hospital municipal na estrutura, o prefeito afirma que o prédio deverá ser como um suporte, já que são 60 leitos mais 10 leitos de UTI. “Para fazer uma estrutura de hospital municipal seriam necessários R$ 70 milhões. Podemos até pensar nisso, colocamos uma rubrica para o hospital no PPA [Plano Plurianual], mas é um planejamento em longo prazo. Enquanto isso precisamos encontrar soluções e não podemos ignorar a estrutura desse hospital”, ressalta.

Promessa

A construção de um hospital municipal foi promessa da antiga gestão, inclusive com a garantia de um aporte inicial de R$ 12 milhões por parte do Governo do Estado. Porém, a verba até agora não apareceu. “Em nove meses de governo não recebemos um centavo do governo do Estado para isso”, lamenta.