“Terá CPI”, diz Boca
Embora o assunto tenha “amornado” na Câmara de Cascavel, o vereador Jorge Bocasanta (Pros) garantiu ontem – após explicações do secretário de Saúde – que haverá a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Mortes nas UPAs. Não deu detalhes nem explicou como, mas disse que ontem mesmo o texto seria concluído. Thiago Stefanello comentou sobre essa articulação dentro da Casa de Leis: “Se tiver CPI, tem que avaliar anos anteriores e não só agora: momento em que menos morrem pessoas nas UPAs. Todas as estatísticas mostram que a mortalidade nas UPAs vem caindo pela metade desde 2017”.
Mortes
Em 2017, houve 238 mortes nas UPAs, em 2018 foram 243 e, nos oito primeiros meses deste ano, 134. Stefanello garante que nem todos esses casos teriam sido resolvidos com o PAI (leia matéria ao lado), pois “existem pacientes paliativos que não teriam sobrevivido nem mesmo em leito de UTI”. Como a ação municipal acaba suprindo uma deficiência do Estado, o secretário garante que, caso exista questionamento judicial sobre mortes nas UPAs por não terem acionado o PAI, o Estado é quem será responsabilizado.
Demolição
O espelho de água em frente à Câmara de Vereadores de Cascavel foi completamente destruído ontem. Vai dar espaço a vagas para estacionamento de veículos. Também haverá uma revitalização do jardim do Legislativo. Tudo deve ficar pronto em dez dias. O custo será de R$ 13 mil.
Barrados
Embora estivesse evidente o problema na Rua Paraná, na esquina com a Manoel Ribas, a Câmara foi uma das primeiras a se posicionar a respeito do problema. O HojeNews, inclusive, alertou muito antes ainda sobre o risco que a bebedeira no meio da via representa. Ontem, o Paço realizou reunião com autoridades policiais sobre medidas para enfrentar o caos e, sem explicações, os membros da Comissão Permanente de Trânsito da Câmara não puderam participar, assim como a imprensa ficou do lado de fora da porta fechada. Em tempos de transparência, ninguém entendeu tanto sigilo do encontro.
Fica difícil
Os integrantes da Comissão Permanente de Saúde da Câmara estão analisando se farão a emenda para integrar o grupo que vai fiscalizar os leitos do PAI. A atividade será em formato de plantão e eles poderão ser acionados a qualquer horário, inclusive de madrugada. Embora seja uma função meramente de fiscalização, a medida chegou a ter resistência: alguns assessores cogitaram que poderia existir influência política e, por isso, seria melhor que a Câmara ficasse de fora.
Na Justiça
A exigência de diploma para assessores parlamentares na Câmara de Vereadores que foram demitidos em janeiro permanece em discussão na Justiça. Dos 14 exonerados, dois mantêm ações sem um posicionamento. Eles cobram o retorno às respectivas vagas.