Campanha nas secretarias
Servidores públicos de olho nas eleições do ano que vem têm se aproveitado da máquina pública para conquistar eleitores. Funciona assim: a administração executa obras em determinadas regiões – desde adequação de vias e sinalização – e esses pretensos candidatos aproveitam para abordar os moradores logo depois assumindo a “paternidade” da obra. Teve até o caso de uma academia da terceira idade, cujo local já estava definido pela Associação de Moradores e um interessado em levar os louros da benfeitoria fez reunião para mudar a área. Diante da previsível confusão, o atravessador suspendeu a ação eleitoreira.
No alvo
Por outro lado… O vereador Josué de Souza (PTC) denunciou que havia na Secretaria de Agricultura o uso da estrutura para interesses eleitorais e o secretário Nei Haveroth chegou a ser cobrado na tribuna, visto o maquinário adquirido há pouco tempo. O prefeito Leonaldo Paranhos entrou em contato e alertou Josué de que o buraco era mais embaixo e que havia uma manobra política para prejudicar a administração municipal.
Origem
O problema seria o conserto de um pequeno trecho de uma estrada rural no Distrito Diamante 47 por populares, o que teria sido apenas uma encenação. Paranhos alertou que haverá punição ao idealizador dessa ação. “Foi um movimento político. Estrada rural é de direito das pessoas, mas a responsabilidade é da administração municipal e não podemos pegar um espaço público e fazer uma ação se não vira moda”, afirma o prefeito, que adianta: aplicará multa a quem executou o serviço em área pública.
Máquinas
Na Secretaria de Agricultura há dez patrolas que estão a todo vapor. O problema, segundo Paranhos, é a demanda: são 3,6 mil quilômetros de estradas rurais. Após toda a confusão, a equipe municipal está no Distrito Diamante 47 executando o serviço completo.
Denúncia
Às 10h desta quinta-feira (12) o vereador Celso Dal Molin (PL) entrega ao promotor Ângelo Mazzuchi documentação levantada nos últimos oito meses acerca do contrato firmado entre Município de Cascavel e Sanepar de 2004 a 2024. Ele cita valores que não teriam sido aplicados onde deveriam. Dal Molin quer que o MP investigue se houve irregularidade em relação ao cumprimento das obrigações contratuais e, se necessário, abra inquérito indicando as responsabilidades civis e criminais de ambos os lados.
Esclarecimento
Diante da repercussão da sua sugestão divulgada pela coluna ontem, o vereador Rafael Brugnerotto (PSB) pediu para deixar bem claro: as ambulâncias requeridas para o SamuPet devem ser desativadas para atendimento humano e, por isso, em vez de ficarem totalmente inutilizadas, poderiam ser usadas para o transporte animal.