Curitiba – A ex-primeira-dama e secretária estadual de Ação Social, Fernanda Richa, também prestou depoimento perante promotores do Ministério Público Estadual encarregados de conduzir as investigações no âmbito da Operação Quadro Negro.
Ela fala das relações de amizade que uniam as famílias Richa e Fanini, relatando viagens e encontros sociais e confirma que, uma semana antes de ser preso, Maurício Fanini – acusado de ser o operador do desvio de verbas da educação que estavam destinadas à construção de escolas e principal delator do caso – esteve no apartamento do ex-governador, mas que ela não presenciou a conversa reservada que ambos tiveram. As revelações são da revista Veja, no blog do jornalista Guilherme Voitch.
Ao longo do depoimento, Fernanda dá explicações sobre a compra do apartamento para o filho Marcello que, segundo o delator, teria sido parcialmente financiado com recursos provenientes da fraude na Educação. Ela nega. Mostrou aos promotores extratos das movimentações bancárias, a origem dos recursos e os documentos relativos à transação imobiliária e que demonstrariam a inexistência de entrada de recursos ilícitos no negócio.