Curitiba – A Corregedoria Nacional do Ministério Público decidiu abrir investigação sobre as palestras dadas pelo coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato no Paraná, procurador Deltan Dallagnol. A decisão é assinada pelo corregedor Orlando Rochadel Moreira, a partir de representação do PT encaminhada ao Conselho Nacional do Ministério Público. Moreira determinou a instauração de reclamação disciplinar e deu prazo de dez dias para que Dallagnol e seu colega da Lava Jato, procurador Roberson Pozzobon, apresentem suas versões sobre as denúncias.
O despacho cita as mensagens trocadas entre os membros da força-tarefa da Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept Brasil e outros veículos de comunicação, que “revelariam que os citados teriam se articulado para obter lucro mediante a realização de palestras pagas e obtidas com o uso de seus cargos públicos”.
As mensagens apontam que Dallagnol montou um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações do caso de corrupção. A ideia de criar uma empresa de eventos para aproveitar a repercussão da Lava Jato foi manifestada por Dallagnol em dezembro de 2018 em um diálogo com a esposa dele.