Política

Coluna Esplanada do dia 13 de dezembro de 2018

Dívida Líquida é a maior dos últimos 11 anos

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) irá herdar dos últimos governos a maior Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) desde dezembro de 2006. O dado consta no atual Relatório de Acompanhamento do Instituto Fiscal Independente do Senado. O documento aponta que a expansão do Produto Interno Bruto ao longo dos últimos sete trimestres (entre março de 2017 e setembro de2018) ainda não foi suficiente para levar a economia de volta ao nível observado no pré-crise (que corresponde ao primeiro trimestre de 2014).

Montante

A Dívida atingiu 53,26% em outubro de 2018, ante 52,15% em setembro e 50,65%
em outubro de 2017. Apesar do cenário de estagnação, o estudo indica ligeira recuperação do consumo das famílias, impulsionada pela melhora de crédito.

Indústria

O Instituto projeta os seguintes índices de crescimento da economia para os próximos anos: 2,3% em 2019 e 2,4% em 2020. A estagnação do setor da construção civil, em um patamar ainda 30,6% distante do nível pré-crise, conclui o estudo, “tem dificultado a recuperação da indústria e dos investimentos”.

Desemprego

A taxa de desemprego está diminuindo lentamente, situando-se em 11,7% em outubro. Mas a geração de vagas, conforme o relatório, está concentrada, em maior medida, no mercado informal e no trabalho por conta própria.

PF

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Flávio Werneck, espera que a visita que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez ontem ao COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal), se exprima como reconhecimento ao trabalho no combate ao narcotráfico e à corrupção.

Lei Orgânica

Que não seja somente de cortesia, mas que se traduza em atitude, diz Werneck ao lembrar que a PF é composta por policiais federais desmotivados: “Se o novo governo quer prestigiar a categoria, nossa sugestão é que seja finalmente encaminhada ao Congresso uma Lei Orgânica que discipline as atribuições de toda a corporação”.

Alinhados

Dirigentes de partidos alinhados com Jair Bolsonaro (PSL) negam que a relação com o novo governo será à base do “toma lá, dá cá” com a barganha de cargos em troca de apoio no Congresso.

Diretrizes

O senador e governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), diz que o partido e o Governo Bolsonaro vão alinhar diretrizes e ações em torno dos projetos importantes para o País: “O Democratas tem uma noção clara do momento político que nós estamos vivendo”.

Cláusula

Com a incorporação do PRP ao Patriota por causa da cláusula de desempenho, parlamentares eleitos decidiram deixar a nova legenda. Júnior Mano, eleito pelo Ceará, vai para o PR; deputada Kia Kicis, eleita pelo DF, sem destino. O senador Jorge Kajuru (GO) ficará na nova legenda.

Surpresa

A ex-deputada de Alagoas Rosinha da Adefal estava colhendo apoio para indicação a secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e, ao abordar o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), escutou, surpresa: jamais faria indicação para esse governo, mas sendo você abro uma exceção.

Cabide

Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) responsabiliza o Sistema S pela baixa qualificação da mão de obra no Brasil. Lembra que entidades como Sesc, Senac, Sesi e Senai receberam R$ 44 bilhões nos anos de 2015 e 2016: “É um cabide de emprego. Só a folha de pagamento do Sistema S hoje, eu acredito, deve ter superado a casa dos R$ 10 bilhões”.

Transparência

O tucano acrescenta que o Sistema S caracteriza-se pela falta de transparência e “por uma série de práticas condenáveis, como assinar a maioria dos seus contratos por meio de não exigência ou dispensa de licitação”.

Na praia

O ex-presidente José Sarney decidiu que não irá à posse de Jair Bolsonaro, dia 1º de janeiro. Passará o Natal e o Réveillon com dona Marly, que convalesce de problemas de articulação, e parte da família.

Derrapagem

Representantes da ANTT admitiram casos de assédio moral e falta de estrutura para os servidores, em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT).