Rio de Janeiro – O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) vai reduzir todas as taxas de spreads de risco, exceto para os entes públicos. Os spreads de risco fazem parte da estrutura de preços das operações do Sistema BNDES e cumprem a função de cobrir a perda esperada com inadimplências.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente da instituição, Dyogo Oliveira, em café da manhã com a imprensa. Segundo ele, a nova norma de Precificação de Risco de Crédito foi aprovada ontem mesmo, dentro da política de revisões periódicas na metodologia das taxas cobradas pelo banco, feita pelo menos uma vez por ano.
“Isso tudo é derivado da revisão das metodologias de análise de risco de crédito. A principal mudança é a incorporação da probabilidade de recuperação do crédito. O que a gente está vendo é uma queda geral da inadimplência no país. Isso impacta na metodologia porque você tem um risco mais baixo de inadimplência para cada nível de risco. Então, isso é um reflexo de uma melhora geral da avaliação de risco nas operações do banco”.
Segundo Dyogo Oliveira, a inadimplência no BNDES hoje está em 2%, “sendo que metade disso é do Rio de Janeiro, que tem garantia do Tesouro, então quer dizer que a inadimplência é de 1%”.
Para as operações diretas, nas quais o risco é mais elevado, o spread será reduzido de 25% a 50%, de acordo com o risco do cliente. “Uma empresa nível C pegaria 3,5%; o triplo A fica por volta de 1%. Vai cair dependendo da avaliação da empresa”, explicou.
Para as operações indiretas, a taxa passa de 0,23% para 0,15% ao ano. Já a taxa para operações de fiança bancária feitas pelo BNDES passa de 0,4% para 0,25%.