Mais uma medida de contenção de despesas é tomada pela Prefeitura de Cascavel: os gestores das secretarias municipais foram orientados a pagar apenas 50% das horas extras aos servidores públicos. O restante ficará em um banco de horas a ser pago em 2019 ou compensado neste ano.
A justificativa apresentada pela administração tem como base a projeção de despesas com pessoal até o fim do ano para que seja respeitado o limite do comprometimento da folha com servidores – sejam concursados ou comissionados. No mês passado, a Prefeitura de Cascavel comprometeu 50,3% do orçamento com salários, ou seja, restando apenas 1% para atingir o limite máximo.
A orientação encaminhada pelo secretário de Planejamento e Gestão, Edson Zorek, é que sejam tomadas “medidas para redução de horas extras efetuadas pelos servidores, autorizando somente o imprescindível para andamento das atividades, sendo que as horas efetuadas a partir de julho, 50% serão pagas e 50% lançadas em banco de horas a compensar afim de que administração não extrapole o limite prudencial”.
Desde o início do ano uma série de medidas vem sendo aplicada, inclusive que a hora extra só seja efetivada com o aval do prefeito Leonaldo Paranhos (PSC). E deu resultado. O rigor no controle levou a uma economia de R$ 800 mil no quadro geral no mês passado e a expectativa do Município é de que em agosto essa contenção de gastos seja de meio milhão de reais. “Não tivemos uma redução acentuada nas horas extras, por isso a decisão do banco de horas”, explica a diretora de Gestão de Pessoas, Vanilse da Silva Schenfert.
Era Edgar
Medida semelhante já havia sido tomada no fim da gestão de Edgar Bueno (PDT) em 2016. Como as horas extras continuaram altas, um banco de horas bastante elevado ficou em caixa para ser compensado pela atual gestão. Os setores que mais geram gastos além do previsto com pessoal são da Saúde e Segurança. Uma elevação desse banco de horas já é esperada pela prefeitura, que buscará medidas para pagá-las ou compensá-las, boa parte apenas em 2019.