Moradores do Jardim Riviera, na zona norte de Cascavel, estão pedindo socorro. As queixas vão desde som alto, perturbação de sossego, discussões e agressões, até comercialização de drogas e pessoas armadas. Os casos envolvem gente que mora no conjunto habitacional e pessoas de bairros próximos e até de outras regiões da cidade.
Segundo uma pessoa que reside no bairro há quase quatro anos, os casos de violência são registrados diariamente. “Ontem mesmo um homem disparou vários tiros no estacionamento depois de discutir com a vizinha. A polícia foi chamada, mas ele fugiu pulando uma janela, voltou horas depois e continuou ameaçando a mulher. Ela conseguiu uma medida protetiva, mas sabemos que isso não vai resolver a situação”, relata o morador, que pediu para não ser identificado.
Muitas famílias já deixaram o local por causa da violência. “Alguns vendem ou alugam os apartamentos de maneira irregular para poder sair daqui. Outros estão abandonando mesmo, fugindo da própria casa, porque não conseguem permanecer no meio de tanta confusão”, lamenta uma das moradoras que também pretende mudar do local e pediu para não ter o nome divulgado.
A situação é tão crítica que o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança Pública) de Cascavel teve que intervir. Segundo o presidente do conselho, Clóvis Petroceli, o assunto é muito preocupante e precisa ser tratado com urgência.
Mais segurança
Nessa terça-feira (23), representantes do Conseg estiveram na 15ª Subdivisão Policial de Cascavel onde conversaram com o superintendente a Polícia Civil, Everton Klaus. Eles foram recebidos também pelo comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Rubens Garcez da Luz, e pelo major Cícero José de Oliveira Tenório.
Segundo Petroceli, é preciso mobilizar a comunidade, o Município e as autoridades policiais para tentar solucionar os problemas no local. “Apresentamos a situação da violência no Riviera e os órgãos de segurança serão rigorosos com relação à fiscalização, vão realizar operações em alguns bairros específicos, principalmente no que diz respeito a festas clandestinas e perturbação de sossego. É importante também que a população denuncie pelos telefones 190, da Polícia Militar, 193, da Guarda Municipal, e 197, da Polícia Civil”, acrescenta Petroceli.
Novo encontro
Uma próxima reunião está sendo agendada agora entre as Polícias Civil e Militar e a Guarda Municipal e representantes dos moradores. “Precisamos desenvolver mais ações e buscar alternativas para evitar que essas ocorrências evoluam para casos mais graves, como mortes”, reforça o presidente do Conseg.
Ele também divulgou uma nota direcionada a comerciantes de vários bairros para aumentar a segurança dos locais para evitar arrombamentos, furtos e prejuízos.