O Paraná deve usar parte dos recursos do Fundo Penitenciário para construir uma nova unidade penal com capacidade para 600 vagas, sem local definido. A informação é do secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita, em matéria publicada na Agência Estadual de Notícias na terçafeira. Atualmente, o Estado tem 11 unidades de regime fechado, além das unidades industriais e semiabertas.
O Paraná está em vias de receber R$ 58 milhões do Fundo Penitenciário. Parte dessa verba está destinada para a construção de unidade penal que terá 600 vagas de regime fechado. O restante será destinado à aquisição de equipamentos para os agentes penitenciários, trazendo melhor qualidade de trabalho, segurança e melhorias do ambiente prisional, adiantou o secretário.
O secretário participou nesta semana das discussões sobre o Plano Nacional de Segurança Pública uma resposta do governo federal para as rebeliões ocorridas nas penitenciárias de alguns estados. No Paraná, uma fuga em massa aconteceu na madrugada do último domingo. Forças Armadas O Ministério da Defesa prevê o emprego de cerca de mil homens das Forças Armadas em 30 equipes para realizar inspeções em presídios.
O ministro Raul Jungmann disse, ontem, que as equipes estarão em condições de atuar nas unidades em até 10 dias. Para auxiliar os estados a enfrentar o crime organizado, o presidente da República, Michel Temer, autorizou o emprego das Forças Armadas para realizar buscas e apreensões de armas, celulares, drogas e outros materiais ilícitos. Os militares, de acordo com Jungmann, não terão contato direto com os detentos. As inspeções serão feitas mediante pedido de governadores, que são os responsáveis pelos presídios estaduais.
Os trabalhos serão articulados com as forças de segurança locais, que ficarão responsáveis por retirar os presos das celas a fim de iniciar as varreduras. A Defesa prevê um orçamento de R$ 10 milhões para as ações nos presídios, valor que poderá variar de acordo com os pedidos dos Estados.
O Paraná ainda não decidiu se vai solicitar esse apoio do Ministério da Defesa. Vamos estudar esta possibilidade junto ao Departamento Penitenciário do Paraná, disse Mesquita.