A Justiça revogou a prisão preventiva do homem de 27 anos suspeito de matar e ocultar o corpo de Oracilda Aparecida Rodrigues – a quem a Polícia Civil acredita pertencer a ossada encontrada no dia 19 de setembro no Distrito de Rio do Salto. Na decisão, assinada pela juíza Raquel Fratantonio Perini, a justificativa é a falta de provas contra ele. “Na espécie, a prisão preventiva foi decretada para garantia da ordem pública em razão da extrema gravidade em concreto do fato e do risco de reiteração criminosa, bem como por conveniência da instrução criminal. Todavia, o Ministério Público apresentou manifestação no sentido de que não possui elementos suficientes para a formação da opinio delicti [teoria segundo a qual o Ministério Público, para oferecer uma denúncia, deve ter ao menos suspeita da existência do crime e de sua autoria] e, por via de consequência, alertou que não oferecerá denúncia no presente momento”.
Continua preso
Contudo, a prisão do homem foi revogada somente em relação ao possível assassinato de Oracilda. É que a polícia chegou à ossada após a prisão dele por violência doméstica. Assim, o suspeito permanece preso diante da acusação de violência doméstica.
A morte de Oracilda teria acontecido já há mais de um ano.
Além dos dois crimes, o homem responde por tráfico de drogas, roubo e já tem uma condenação por homicídio e ocultação de cadáver, mas cumpre a sentença em regime semiaberto.
Ele nega os crimes.
Buscas
Após o achado da ossada, a Polícia Civil realizou diversas buscas no mesmo local e nas proximidades na tentativa de encontrar mais restos mortais ou até mesmo outras ossadas.
No dia 23 de setembro, cabelos, roupas e mais pedaços de ossos foram encontrados cerca de 100 metros do local em que a ossada estava. Não há ainda confirmação de que pertençam à mesma vítima nem que sejam de Oracilda. São aguardados exames de DNA, que estão em andamento.
Entenda o caso
A informação de que uma ossada estava em uma propriedade rural chegou à Polícia Civil depois de o suspeito do crime ter sido detido por violência doméstica.
A hipótese de que a ossada pertença a Oracilda Aparecida Rodrigues, 28 anos, passou a ser investigada pela Delegacia de Homicídios porque ela era nora do suspeito, casada com o filho da companheira dele, e, embora não tenha registro de desaparecimento, ela não é vista desde abril do ano passado, quando teria ido embora e abandonado o filho pequeno.