Cascavel – Uma operação estendida a todo o território nacional e que tem como objetivo fiscalizar o comércio de armas, de munições e de produtos controlados foi deflagrada ontem pelo Exército Nacional, sem prazo para terminar. Só no Paraná são aproximadamente 1,5 mil empresas e 10 mil proprietários de armas alvos do Exército. A 5ª Região Militar vai fiscalizar no total 21 mil pessoas com certificado de registro de armas e mais de 3.300 empresas que trabalham com produtos controlados, armas e munições no Paraná e em Santa Catarina.
No primeiro dia de fiscalização, sete equipes no Paraná, com um total de 21 militares do Exército, com apoio das polícias, concentraram a fiscalização nas cidades de Capanema, Campina da Lagoa, Assis Chateaubriand, Toledo, Maringá e Realeza. No decorrer da semana, as demais cidades serão fiscalizadas. O cronograma não foi divulgado.
Ao longo da ação, realizada em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, todas as cidades contarão com a presença dos militares para a averiguação de empresas e pessoas físicas. “Verificamos estabelecimentos que estão autorizados a vender produtos químicos, que são de responsabilidade de controle do Exército, e de armas e munições, para saber onde o estoque foi adquirido, para quem foi vendido, se seguiu o caminho correto ou se teve algum desvio. No caso das empresas, por exemplo, se for identificada alguma irregularidade é feito um termo de autuação e aberto um prazo para defesa do estabelecimento. Há uma gama de sanções previstas em lei. Tanto em caso de pessoa física quanto jurídica, se houver indício de crime, isso é encaminhado pelos órgãos de segurança pública”, explica o major Luiz Roberto Gonçalves, do setor de Relações Públicas da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada em Cascavel.
A verificação é feita por meio de notas de compra e venda dos produtos, além do estoque das empresas. Cada venda de munições, por exemplo, precisa estar registrada com o nome do comprador, que tem uma quantidade limitada de aquisição de munição por ano.
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