Gestores de segurança pública da região de fronteira, de gestão e do Ministério da Justiça e Segurança Pública se reuniram nessa sexta-feira (2) em Foz do Iguaçu para discutir estratégias para ações de combate ao narcotráfico na região. Coordenado pela secretaria de Estado Segurança Pública do Paraná (SESP), o encontro promoveu a avaliação das ações conjuntas e dos resultados obtidos com operações e atividades preventivas feitas pelas instituições que compõem o Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública de Fronteira (GGIFron).
O esforço em angariar recursos transformou o Paraná num verdadeiro canteiro de obras com a construção de novas delegacias de Polícia Civil, unidades da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros e de cadeias públicas para o Departamento Penitenciário, além de investimentos de pessoal e estrutura para a Polícia Científica. “Temos dezenas obras em andamento em todo o estado. O investimento é de mais de R$ 200 milhões, além de R$150 milhões em convênios”, destacou o coronel
GOVERNO FEDERAL
Representando a comitiva do Governo Federal, o tenente-coronel Vitor Hugo Tunala apresentou a metodologia do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, ações na costa marítima e nas vias fluviais de fronteira. Falou ainda sobre a reunião ordinária do Comitê Executivo do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (CEPPIF), capacitações e treinamentos específicos e dos grupos de trabalho sobre a Política Nacional de Fronteira.
“O Paraná é um dos exemplos de cooperação com o Ministério da Justiça quando o assunto é fronteira e até divisa. Desde 2011, o estado participa de uma integração muito forte entre os órgãos, e a receptividade do estado à nossa iniciativa foi muito positiva porque a percebemos que o Paraná trabalha a questão da participação social, de entender qual é o papel da sociedade no contexto da segurança pública”, ressaltou Tunala.
GGIFRON
Criado em 2011, o GGIFron encabeça um colegiado das instituições municipais, estaduais e federais. Ele surgiu para que as ações repressivas e preventivas ao crime organizado tivessem maior impacto nas organizações criminosas, consequentemente diminuindo a incidência de crimes na região. A Operação Hórus, da Secretaria de Operações Integradas, e a operação Ágata, em conjunto com o Exército Brasileiro, estão em andamento na faixa de fronteira e têm causado apreensões de armas e drogas em rodovias, terminais rodoviários, matas, além do rio Paraná e Lago Itaipu.
Segundo a Secretaria de Operações Integradas (SEOPI) do Ministério da Justiça, de maio de 2019 até outubro deste ano, os trabalhos do Programa VIGIA, através das operações Hórus, apreenderam 87.725.346 maços de cigarros; 608.026.85 quilos de drogas; 320 embarcações e 3.126 veículos.