Um vídeo de um homem abusando de uma criança em uma banheira tem rodado as redes sociais, principalmente por meio do WhatsAPP e causou alvoroço no setor policial durante esta semana. Com as imagens são anexadas fotos de um perfil do Facebook de um homem que seria o agressor e sua filha. Ele mora em Cascavel e procurou a polícia pedindo apuração do caso. A polícia confirmou que ele não é o pedófilo.
A ligação entre o agressor e o dono do perfil foi feita por um terceiro, que estaria divulgando o material tanto no Facebook quanto por WhatsAPP.
Vítima da acusação, o homem só descobriu o fato depois que amigos encaminharam uma série de mensagens lhe contando sobre o caso. “Eu estava dormindo e acordei com o barulho do telefone, com várias mensagens de diversas pessoas me ameaçando e me chamando de pedófilo”.
O homem, que é separado, disse que precisou se esconder com medo de ser linchado.
Ontem pela manhã ele foi até a 15ª SDP (Subdivisão Policial) para identificar a pessoa que disseminou o vídeo e ligou a imagem dele ao pedófilo do vídeo.
À tarde, o acusado de postar o vídeo prestou depoimento. Para a polícia, ele disse que, por ter uma filha pequena, sentiu-se incomodado e revoltado com as imagens mas não explicou por que relacionou com a vítima e, inclusive, admitiu que ela não tem participação no caso. Segundo o homem, ele apagou a publicação logo depois de postá-la nas redes sociais.
Investigação
O vídeo mostra explicitamente um homem deitado na banheira com a criança tocando seu órgão sexual. Em relação ao vídeo de pedofilia, que está sendo compartilhado pelas redes sociais, a delegada do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), Raisa Scariot, disse que o caso não tem como ser investigado, pois “não é possível afirmar que se trata de uma pessoa de Cascavel”.
Contudo, ela lembrou que o compartilhamento de imagens envolvendo crianças em cenas de sexo em redes sociais também é considerado crime de pedofilia e quem replicar esses conteúdos pode responder criminalmente.