O empresário cascavelense Sandro Rossi, que morreu no dia 18 de junho após levar mais de 20 tiros em abril deste ano, é apontado como principal fornecedor de drogas para a região de Guarapuava na terceira fase da Operação Pandora, deflagrada ontem (10) pela Polícia Civil de Guarapuava.
De acordo com a PC, no fim de 2018 foi presa uma grande quadrilha que atuava no tráfico de drogas em Guarapuava e região. Com os celulares apreendidos, a polícia chegou ao principal fornecedor da droga: Sandro Rossi.
Em busca e apreensão, a polícia encontrou na casa de Sandro 486 gramas de cocaína, 1,13 quilo de crack, uma porção de maconha e R$ 7.282,00 em dinheiro.
De acordo com o delegado adjunto da 14ª SDP, Alysson Henrique de Souza, a viúva de Sandro não estava na casa, mas o envolvimento dela será investigado, uma vez que celulares de familiares de Sandro também foram apreendidos.
A polícia acredita que o esquema de fornecimento dos entorpecentes na região central do Estado acontecia desde 2013.
A Operação
Nesta fase da operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Guarapuava, oito em Cascavel e um em Foz do Iguaçu. Ainda foram cumpridos dois mandados de prisão em Guarapuava e dois em Cascavel. Os quatro presos serão removidos para a Cadeia Publica de Guarapuava, onde ficarão à disposição da Justiça.
A Justiça também expediu mandado de prisão contra Sandro e os policiais de Guarapuava só souberam da morte dele quando chegaram a Cascavel.
A Operação Pandora já prendeu em todas as fases 55 pessoas. Sete veículos foram apreendidos, assim como 18 quilos de cocaína e crack, além do bloqueio de meio milhão de reais de patrimônio.
Irmãos Rossi
Além de Sandro, a polícia investiga também o envolvimento do irmão dele Robson Rossi. Ele foi levado à delegacia ontem para prestar depoimento e um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa onde mora.
Robson também foi alvo de tentativa de execução do dia 5 de junho, no Centro de Cascavel. Embora seu carro tenha sido cravejado de balas, ele foi atingido por um disparo e recebeu alta no dia seguinte.
Sandro havia sido alvejado por mais de 20 tiros no dia 24 de abril quando chegava ao seu comércio no Bairro Santa Cruz, em Cascavel. Até o momento ninguém foi preso pelos crimes. A polícia não diz se a morte e o atentado têm relação com o esquema de tráfico em Guarapuava.
Outro crime sem solução e que pode estar relacionado com os irmãos Rossi é a morte de Filipe Chagas, 32 anos, assassinado a tiros no último dia 25, na Rua Pio XII.