Política

Um beco sem saída para a Prefeitura de Cascavel

Uma obra grande, demorada, que custa caro – R$ 12,8 milhões -, mas, que sim, precisa ser feita. O contrato com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), firmado ainda na gestão Edgar, se tornou um beco sem saída para a Prefeitura de Cascavel. E por isso, mesmo com a vontade da administração de cancelar algumas obras, isso não é possível.

De acordo com nota encaminhada pela Secom, o próprio prefeito Leonaldo Paranhos queria cancelar a obra de reforma da Avenida Tancredo Neves. Porém, ela faz parte do projeto conhecido como BRT, que tende a facilitar e a agilizar o transporte público em Cascavel.

Segundo o secretário de Comunicação, Ivan Zuchi, o contrato é um só e os recursos só foram liberados mediante apresentação de um único projeto, com vários itens que contemplam, principalmente, a mobilidade urbana.

“Conseguimos fazer modificações no projeto, mas sem alteração da proposta final”, afirma.

A ordem de serviço para começar a reforma da Tancredo já foi assinada, a empresa vencedora está preparando o canteiro de obras e fazendo o planejamento antes do início do trabalho, que deve ocorrer nos próximos dias.

Consequências

Não há multa prevista, especificamente, para o caso do cancelamento de uma obra como a da Tancredo Neves. As consequências, de acordo com o secretário, são mais sérias. “Caso a obra não seja feita os recursos não são liberados – para todo o projeto – e, mais grave ainda, o risco de Cascavel ter comprometida a liberação de futuros financiamentos por rompimento de contrato”, explica Zuchi.

Já projetos como parques lineares, que demandariam mais dinheiro do que ainda restava para se investir, devido ao gasto extra na avenida Brasil, foram retirados.

Investimentos

De acordo com o presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Cascavel, Fernando Dillemburg, até agora, R$ 54,4 milhões foram utilizados do BID. Com uma contrapartida de R$ 58,3 milhões do Município. Os valores são atualizados até a data de 29 de dezembro de 2017. Do financiamento do BID, restam para ser gastos 12,7 milhões de dólares e uma contrapartida de Cascavel de 11 milhões de dólares.