O racha no diretório do PCdoB em Cascavel, que no último sábado elegeu uma nova diretoria, isolou ainda mais o vereador Paulo Porto dentro da legenda. Um dia antes do congresso, o partido perdeu 12 militantes, todos ligados ao mandato de Porto, que pediram desfiliação e outros pretendem deixar a legenda nesta semana. Entre os filiados que deixaram o partido está a professora Liliam Porto, esposa do vereador.
Paulo Porto participou do congresso, ouviu algumas reclamações sobre a postura do seu grupo que criou uma rivalidade com a ala ligada a Mônica Silveira, que disputou uma cadeira no Legislativo no ano passado e fez 1.278 votos. O grupo de Porto passou a fazer acusações de que a equipe de Mônica não havia “vestido a camisa” da candidatura a prefeito de Márcio Pacheco, apoiado pelos comunistas, e o desgaste só aumentou.
Os militantes mais ligados a Porto e seus assessores não participaram da eleição. Para não correr o risco de perder a cadeira de vereador, Porto decidiu permanecer na sigla até o final do mandato, já que não tem mais interesse em disputar a reeleição.
Paranhos
O novo comando do PCdoB em Cascavel vai buscar uma aproximação com o prefeito Leonaldo Paranhos. Durante o congresso, os representantes do partido foram unânimes ao avaliar como positiva a atual gestão. “Vamos marcar uma conversa com o Paranhos e a direção para estabelecer uma relação institucional. Não há indicativo de compor com o Paço, mas de aproximação para discutir algumas pautas sociais importantes para o coletivo partidário”, afirma Tosti.
Números
No TRE (Tribunal Regional Eleitoral) os números mostram que o PCdoB tem mais de 300 filiados em Cascavel, mas na semana passada foi feito um recadastramento pelo partido e 102 filiados foram contabilizados.
A reportagem não conseguiu contato com o vereador Paulo Porto neste domingo.
