Política

Piso ainda defasado para os professores

Em 2017, a prefeitura se esforçou, deu um aumento gradativo para a classe dos professores no Município e cumpriu com a porcentagem de aumento salarial de 2017, de 7,64% do piso. Mas não conseguiu equiparar o valor, em si, do piso nacional aos professores, graças à herança negativa deixada por gestões anteriores.

No fim das contas, a defasagem para quem está começando na carreira, segundo a Secretaria de Educação, é de 4,25%. Isso apenas com relação a 2017, quando o piso estava em R$ 2.298,80. Em 2018, o valor vai aumentar para R$ 2.455,35 para servidor do magistério que atua 40 horas por semana.

Esse acréscimo de 6,81% no salário que, de acordo com a Secretaria de Educação, será cumprido e é um compromisso da administração.

A administração já havia afirmado que cumprir com o pagamento do piso em 2018 será um desafio. Pois será mesmo, já que, com relação aos professores com mais tempo de carreira, a diferença se acumula.

Outros anos

Em 2015, por exemplo, o índice de aumento do piso nacional era de 13%. O município concedeu 6%. Em 2012 a coisa foi ainda pior. De 22%, apenas 7% foram cedidos. “Pretendemos dar o aumento percentual e tentar diminuir essa diferença, mas não conseguimos absorver tudo. A folha de pagamento não aguenta. Há um planejamento para equiparar essa diferença até o fim da gestão, estamos muito preocupados em garantir a valorização”, resume Márcia.

São 129 professores que ainda recebem abono salarial na Educação Infantil, e a administração promete acabar com isso. “Além desses avanços, pagamos R$ 4.427.480,44 em licenças-prêmio, que estavam acumuladas desde 2003”, acrescenta.

Desafios

De acordo com a professora com mais de 20 anos de profissão, que não quis ser identificada, os desafios são cada vez maiores quando o assunto é ensinar. “Ao longo dos anos, cansei de comprar materiais para auxiliar na aprendizagem dos alunos e tirar do meu bolso, porque o poder público não dava. E tem mais gente que fez isso, e que inclusive compra materiais para os próprios alunos usarem, alunos carentes que muitas vezes não têm nem lápis de cor”, desabafa.