Saúde

Paraná terá R$ 350 milhões da União para reforçar retomada das eletivas

De janeiro a setembro de 2021, as unidades de saúde de Cascavel realizaram 265.389 consultas

Paraná terá R$ 350 milhões da União para reforçar retomada das eletivas

 

 

Curitiba – O Ministério da Saúde vai aportar R$ 350 milhões, em parcela única, destinados às cirurgias eletivas no País. A informação foi confirmada pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, na reunião do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), em Brasília, ontem (27). O chefe de gabinete da Secretaria da Saúde do Paraná, César Neves, participou do encontro e enfatizou que a medida vai ajudar no processo de retomada desses procedimentos, que ficaram suspensos durante a pandemia.

Neves destacou que o governador Ratinho Junior orientou um reforço no sentido de retomar as eletivas. “Já vamos aportar recursos do Tesouro do Estado para incrementar este passivo das eletivas, que ficaram represadas durante a pandemia. Importante essa sinalização do Ministério da Saúde de que novos recursos também virão em boa hora”, afirmou.

No Paraná serão abertos mutirões desse tipo de cirurgia para superar o que ficou para trás e atender o cidadão perto de casa. Serão aportados R$ 50 milhões em 2022, de recursos próprios, para os procedimentos. O Estado também conta com R$ 20,77 milhões para reforço às cirurgias eletivas, recursos repassados pela Secretaria estadual da Justiça, Família e Trabalho, do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor (Fecon) para o Fundo Estadual de Saúde (Funsaúde). Os recursos resultam de multas aplicadas pelo Procon-PR a bancos que lesaram os consumidores.

O governo federal trabalhava inicialmente com a hipótese de fazer em duas parcelas o repasse financeiro para os estados aplicarem em cirurgias eletivas. Além de receber em parcela única, os Estados também não vão precisar apresentar o resultado de produção e desempenho no teto de metas, ficando com recurso livre agregado ao caixa da Saúde na realização de procedimentos de média e alta complexidade.

 

Leitos

Quanto à manutenção financeira de leitos de UTI, habilitados pelo Ministério, em funcionamento no Paraná para o enfrentamento da Covid-19, há garantia de pagamentos até 31 de dezembro. O Ministério ainda aguarda a recomposição financeira do orçamento para 2022 com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, que está em discussão no Congresso Nacional, e que poderá assegurar o custeio adicional de leitos de UTI.

 

 

 

 

Cascavel bate recorde de atendimento na saúde

 

De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, Cascavel conta com cobertura em atenção básica de 87,52%. Os investimentos na atenção primária, também conhecida como atenção básica, são constantes e se revelam em números. De janeiro a setembro, por exemplo, as unidades de saúde (UBSs e USFs) realizaram 265.389 consultas médicas, o maior número de atendimentos dos últimos cinco anos, se considerado o mesmo período. Se for comparado ao mesmo período de 2019, Cascavel realizou 16.786 consultas a mais.

Em relação ao ano passado, o número é maior – 61.762 consultas a mais -, porém essa comparação não pode ser feita, já que em 2020 as unidades de saúde ficaram fechadas por um longo período quando os esforços foram concentrados no enfrentamento à pandemia de Covid-19. “A atenção básica precisa ser olhada com carinho, pois ela possibilita a resolução de grande parte das necessidades de saúde e caso seja necessário, encaminha os usuários para outros níveis de atenção. Nós vamos chegar a 100% da cobertura da atenção básica e seremos o primeiro município do Brasil a atingir esse percentual”, disse o prefeito Leonaldo Paranhos.

 

A atenção primária é o primeiro contato que as pessoas têm com os sistemas de saúde. Esse é o passo inicial, que busca entender a complexidade de cada caso para, assim, direcioná-lo ao atendimento mais adequado. “Esse contato do paciente com o médico na unidade de saúde é importante para uma gestão melhor de como agir para prevenir as doenças e providenciar o melhor tratamento ao paciente”, avalia Paranhos.

 

Secom