Policial

Operação Huno: Membros de quadrilha são detidos em Foz e Cascavel

Quadrilha é acusada de ter sonegado R$ 2,3 bilhões em impostos desde o ano passado

Foz do Iguaçu – A Operação Huno, deflagrada na quinta-feira pela Polícia Federal, Receita Federal e Fazenda Nacional, desarticulou uma rede de contrabando de cigarros que teria sonegado cerca de R$ 2,3 bilhões em impostos desde o ano passado no Brasil.

Sete pessoas foram presas, sendo uma em Foz do Iguaçu, uma em Cascavel, uma no Rio de Janeiro (RJ) e outras quatro no Rio Grande do Sul: uma em Arroio do Tigre, uma em Venâncio Aires e duas em Santa Cruz do Sul – foco principal da ação.

Conforme as investigações, parte do fumo era fornecida para fábricas no Paraguai por meio de exportação irregular, e retornava ao Brasil em forma de cigarro contrabandeado. O restante seguia para fábricas clandestinas localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que acabavam pirateando marcas paraguaias.

As investigações começaram em setembro de 2014, tendo o contrabando como foco. No entanto, durante a apuração a polícia desvendou um esquema ainda maior. O pagamento pelo fumo processado era realizado com o próprio produto contrabandeado ou pirateado e mediante o fornecimento de automóveis de luxo e maquinários. A organização criminosa ainda se encarregava de revender os cigarros e os veículos.

Números

Durante a operação foram cumpridas três medidas cautelares fiscais contra 19 pessoas jurídicas e 17 pessoas físicas. Houve ainda o sequestro de 59 imóveis, 47 veículos e contas bancárias, patrimônio que totaliza aproximadamente R$ 80 milhões. Foram apreendidos documentos, computadores, fumo desviado, máquinas industriais empregadas na produção clandestina, dinheiro, cheques, ouro e pedras preciosas.