Política

Informe da redação do dia 15 de junho de 2018

Ideologia de gênero

Um assunto que rende muita polêmica por onde passa volta ao debate em Foz do Iguaçu. É o projeto sobre ideologia de gênero. Agora, a APP-Sindicato recorreu ao Tribunal de Justiça do Paraná para declarar inconstitucional mudança na Lei Orgânica Municipal que proíbe o uso dos termos “gênero” e “orientação sexual” nas políticas de ensino. A lei foi aprovada pela Câmara e promulgada pelo presidente do Legislativo, o vereador Rogério Quadros (PTB). A Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) prevê a imediata suspensão dos efeitos da Lei Orgânica até o julgamento do mérito.

Sem autonomia

O presidente interino da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez, diz que a proposta retira a autonomia dos professores e restringe o debate no ambiente escolar. “A escola deve ser um espaço de diálogo, de respeito e pluralidade. A mordaça que se tenta aplicar à educação prejudica principalmente o estudante”, afirma Valdez.

Censura

A entidade argumenta que a lei da “ideologia de gênero” aprovada pela Câmara de Vereadores censura a discussão sobre sexualidade, um tema inerente ao ser humano e que, ao se deixar de conversar sobre gênero, como prevê a medida, acaba se fomentando situações sociais que não são solucionadas até hoje devido à falta do diálogo.

Apoio a Ratinho

Os presidentes licenciados da Fecomércio e da Fiep, Darci Piana e Edson Campagnolo, respectivamente, foram apresentados ontem à equipe e já participaram da reunião do conselho da pré-campanha de Ratinho Junior ao governo do Estado. Os dois se afastaram das entidades para se dedicar exclusivamente à pré-campanha de Ratinho.

Outros nomes

O Conselho reúne ainda outros nomes com grande experiência em gestão pública como o ex-secretario estadual da Agricultura Norberto Ortigara e o economista Reinhold Stephanes, quatro vezes ministro da Agricultura, do Trabalho e da Previdência.

Beto X Moro I

O ex-governador Beto Richa se livrou de um processo com o juiz Sérgio Moro. Tendo em vista a fama do juiz federal da Lava Jato, o ex-governador deve ter ficado aliviado. Mas ainda é cedo para se estender na rede.

Beto X Moro II

Em primeiro lugar, o caso da Operação Integração, que envolve desvios no pedágio e uma suposta delação do ex-diretor do DER, não sumiu. Só mudou de vara e segue na Justiça Federal, o que está longe de ser um salvo-conduto para alguém.

Beto X Moro III

Em segundo lugar, há mais um caso de Beto com Moro. E esse, em certo sentido, é bem mais “perigoso” para Beto, porque não se trata de “mera” delação. Há um áudio de seu braço direito Deonilson Roldo combinando uma licitação para que a Odebrecht levasse um contrato de R$ 7 bilhões. Dizem que Moro não pretende abrir mão desse processo, independente da sobrecarga de trabalho.

Arquivado

A Comissão de Ética da Câmara de Cascavel decidiu arquivar a denúncia de suposta interferência do vereador Sidnei Mazutti (PSL) no trabalho da Guarda Municipal. Por um detalhe técnico: qualquer um pode denunciar agente público, menos a Associação da Guarda Municipal, que foi quem fez a representação, pois “não tem legitimidade para apresentar denúncia, que poderia ter sido feita, por exemplo, pelos próprios guardas envolvidos”.

O caso

Na documentação apresentada, a Associação relata que o vereador Mazutti teria tentado intervir em uma situação de abordagem de dois guardas municipais, em um incidente em maio deste ano. Um condutor dirigindo em alta velocidade furou um sinal vermelho e, aparentemente embriagado, não obedeceu à ordem para parar dos guardas. Ao chegar à sua residência, o condutor teria ligado para o vereador pedindo que interviesse com o diretor da corporação. Em minutos, os guardas foram instruídos pela central da Guarda Municipal a abandonar o local. Só que depois ninguém assumiu a ordem.