Policial

Funcionário de aeroporto colocava droga na mala de passageiros

Foz do Iguaçu – A PF (Polícia Federal) detalhou o esquema de tráfico de drogas desarticulado na quinta-feira durante a Operação Duelo. As três quadrilhas são suspeitas de usar os aeroportos de Foz do Iguaçu e Guarulhos (SP) para enviar remessas de entorpecentes em bagagens. Um dos pivôs do esquema era um funcionário terceirizado que trabalhava no aeroporto de Foz.

De acordo com a PF, o funcionário tinha contato com passageiros que seguiam os trâmites de embarque, passando por todos os mecanismos de controle. No entanto, na operação de rampa, onde é feito o despacho da bagagem, o funcionário colocava o entorpecente na mala dos passageiros, em comum acordo. “A atuação do funcionário era determinante para burlar a fiscalização”, disse a delegada Shirlei Sitta, da PF de Foz do Iguaçu, responsável pelas investigações.

Como a droga era colocada nas malas após o despacho feito pelas companhias aéreas, havia diferença entre o peso da origem e do destino. Com isso, os integrantes do esquema, para se defender, usavam o argumento de que não haviam inserido o entorpecente na mala.

Apuração

As investigações tiveram início em 2016 após a apreensão de 11 quilos de haxixe no Aeroporto Internacional de Guarulhos que saiu do Aeroporto Internacional das Cataratas, em Foz do Iguaçu, com uma mulher.

Um inquérito foi instaurado e investigações posteriores revelaram a atuação dos três grupos criminosos que atuavam de forma conjunta e também, por vezes, de modo independente, para enviar drogas por remessas áreas, em voos comerciais, e usando o transporte terrestre. A maconha e haxixe, trazidos do Paraguai, eram distribuídas em diversos estados brasileiros. Durante as investigações foram apreendidos com as quadrilhas mais de 300 quilos de maconha em Foz do Iguaçu e Céu Azul (PR), Gravataí (RS) e no Aeroporto de Guarulhos.

Ações

Cerca de 90 policiais federais participaram da operação, batizada de Duelo, na manhã de quinta (14). Foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão preventiva no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Dez foram cumpridos.