Política

CPI das Fossas vira inquérito

O Ministério Público acatou o relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Fossas e abriu uma investigação para apurar licitações feitas para contratação de serviços de limpeza de fossas, desentupimentos de encanamentos e caixas de gordura em escolas municipais.

O relatório final com quatro mil páginas apontou que os valores foram pagos sem que os serviços fossem executados. O fiscal do contrato, Bianor Caron, e o ex-secretário de Educação, Valdecir Nath, chegaram a confirmar em depoimentos que por falta de servidores nem sempre havia a fiscalização dos serviços no local – por isso podem responder por erro ou omissão.

Chamou a atenção dos parlamentares que as empresas contratadas efetuaram, em três meses e 24 dias, a limpeza de 500 fossas, 500 metros cúbicos de caixas de gordura, 500 metros quadrados de caixa de passagem, 500 serviços de desentupimentos e três mil metros de desentupimento por hidrojateamento. O grau de parentesco dos proprietários das empresas Auto Fossa Cascavel Ltda., Auto Fossa Oeste Ltda. e Auto Fossa Acapulco Eireli também era alvo da investigação, mas não ficou provado.

Investigação

A investigação ficou no comando dos vereadores Serginho Ribeiro, do PPL, Sidnei Mazzuti, do PSL e Misael Junior do PSL. ”Ouvimos todos os envolvidos – ficaram de fora apenas os empresários que foram orientados pelos advogados a não falar. Visitamos os locais e chegamos agora com a decisão da Promotoria em abrir inquérito civil. Isso demonstra que não terminou em pizza e não deixaremos isso acontecer. Essa decisão da maior legitimidade ao nosso trabalho e mostra que as pessoas não podem brincar com dinheiro público”, diz Ribeiro.