Porto cobra R$ 26 milhões de Requião
O psicólogo Eduardo Requião, ex-superintendente da APPA (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) ao longo de quase todo o governo de seu irmão, Roberto Requião, está sendo cobrado em R$ 26 milhões pela atual administração da empresa em razão de prejuízos causados durante sua gestão (2003-2008). O valor foi calculado com base em levantamentos do Tribunal de Contas do Estado (Certidões de Débitos nº 357/2018 e 358/2018, Processo TC nº 178807/05, Acórdão 4030/2017), que condenou Eduardo Requião ao pagamento de restituição dos valores. A ação de cobrança deu entrada nessa segunda-feira (25) na Vara da Fazenda Pública de Paranaguá. Requião tem prazo de três para contestar.
Osmar sozinho
A candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) tem um rosário de partidos na aliança que seu marido, deputado Ricardo Barros, montou para apoiá-la e para lhe garantir o maior tempo de propaganda eleitoral na TV. Ratinho Jr. (PSD) tem outra penca de siglas a acompanhá-lo, o que lhe assegura o segundo maior tempo. Enquanto isso, Osmar Dias só conta até agora com o próprio PDT e com o apoio do Solidariedade.
Pente-fino
Por que isso? Porque Osmar Dias decidiu peneirar os apoios que já lhe foram oferecidos. Esteve a ponto de ganhar o PSB, assim como quase esteve nas mãos com o PRB. Recebeu ofertas também do DEM e do PTB. Como Osmar não se mostrou disposto a adotar nenhum deles nem se submeter às exigências deles, um a um pedetista foi perdendo terreno do ponto de vista da formação de alianças.
E os partidos
O PSB – partido que sempre foi aliado de Beto Richa – acabou achando o caminho mais natural se acomodar no arraial de Cida Borghetti, assim como o DEM e o PTB. Sem resposta, o PRB também tirou o time e acabou optando por Ratinho Jr. O MDB do senador Roberto Requião se oferece insistentemente para Osmar, mas também não obtém resposta.
Sem loteamento
Agora é o PCdoB que se oferece para compor a base de apoio de Osmar Dias. Teria alguns preciosos segundos a mais na programação. Mas provavelmente também terá refugado o seu apoio. Osmar tem dito que não vai vender a vice, por conta de traumas passados. Em política, isso é bom ou mau?
Bombeiros
O secretário da Fazenda, José Luiz Bovo, deixado pela governadora Cida Borghetti como encarregado de justificar o 1% de aumento para o funcionalismo, se perdeu nos dados e incendiou os ânimos ainda mais. Após conversa reservada com a governadora, o líder do Governo na Assembleia, deputado Pedro Lupion, teve de apagar o fogaréu da insatisfação. O secretário do Trabalho também foi chamado para conter o incêndio. Até 15 dias atrás, Cida acenava com a reposição da inflação do ano passado, de 2,76%, mas ontem cravou no porcentual de 1%.
Moro encurralou a Justiça e Beto
O juiz Sérgio Moro matou dois coelhos com seu pronunciamento nos autos do processo contra Beto Richa, que será conduzido agora pela Justiça Eleitoral: avisou que tem muito mais caroço embaixo do angu onde a empreiteira Odebrecht venceu a concorrência para construir a maior obra rodoviária do Estado, a PR-323, no noroeste do Estado.
Ou seja, a Justiça Eleitoral terá de reenviar para ele, Moro, qualquer investigação sobre tráfico de influência, lavagem de dinheiro, corrupção, etc etc.
E se o ex-governador Beto Richa for eleito (ou não) senador em outubro, o processo volta para a 13ª Vara da Justiça Federal e aí todas as investigações terão o prosseguimento normal.
