Política

Coluna Contraponto do dia 26 de julho de 2018

Coligação ampla, geral e irrestrita

O deputado João Arruda, um dos principais articuladores da tentativa de aliança entre seu partido, o MDB, com o PDT, entende que Osmar Dias ficará com a faca e o queijo na mão se aceitar a proposta de coligação nos termos formulados pelos emedebistas – isto é, uma coligação ampla, geral e irrestrita. Arruda argumenta que, como cabeça de chapa na condição de candidato a governador, Osmar ganha tempo de televisão e a força da militância do MDB em todos os municípios do Estado, atributos que ele não terá se ficar apenas com o PDT e Solidariedade, e eventualmente, também com o Podemos.

Combinação

Para o parlamentar, coligação na proporcional (candidatos a deputado federal e estadual) favoreceria a eleição de maior número de parlamentares dos dois partidos e não apenas os do MDB. Na majoritária, o ideal é que os dois candidatos a senador fossem também do MDB, no caso Roberto Requião e possivelmente o deputado Anibelli Neto. Mas tudo isso ainda depende de combinação com todos os russos.

Porr aqui…

A um interlocutor que lhe perguntou sobre a campanha eleitoral durante a visita de Henrique Meirelles a Curitiba, o deputado João Arruda mostrou a impaciência do MDB com Osmar Dias: “Nós vamos apoiar o Osmar porque ele é o melhor candidato. Mas ele é mala sem alça, é um mala sem alça, é um mala sem alça”. A repetição é ipsis litteris.

Tô fora!

O deputado Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa, mandou avisar que não mantém quaisquer tipos de vínculo com as empresas de coleta de lixo que, segundo o Ministério Público, atuavam para fraudar licitações em conluio com servidores públicos na região sudoeste do Estado – reduto eleitoral do parlamentar.

Insinuações

Traiano repeliu as insinuações que surgiram desde que o Gaeco deflagrou a Operação Container, na terça-feira (24) e prendeu preventiva e provisoriamente 12 pessoas – incluindo dois funcionários do IAP – por envolvimento nos supostos ilícitos, em razão de um de seus filhos atuar como empresário no ramo de coleta de resíduos sólidos, mas em outra região do Estado.

Quadro Negro I

Tão logo viu os vídeos com novos trechos do depoimento de Maurício Fanini publicados na internet, o senador Roberto Requião ficou enlouquecido. E imediatamente gravou e postou no seu Facebook um desabafo furibundo contra o governo anterior.

Quadro Negro I

Segundo ele, as revelações do delator que envolvem o ex-governador Beto Richa na Operação Quadro Negro, aquela que apurou desvio de verbas para escolas que nunca foram construídas, são o resultado de um complexo de situações em que muitos contribuíram. “É uma coisa simplesmente bárbara! Era isso que vocês queriam para o governo do Paraná? O rapaz moreno? O piá de prédio? O novo na política?”

Pílulas

É que ontem vazaram ontem novos detalhes dos depoimentos que o delator Maurício Fanini, o servidor da Educação que arquitetou o plano de fazer caixa desviando recursos da construção de escolas. Num dos trechos agora revelados surge um fato no mínimo pitoresco, contado por Fanini aos procuradores: no fim de 2011, Beto chamou Fanini na residência oficial da Granja do Canguiri e pediu que ele providenciasse uma empresa para construir uma academia de ginástica na casa. “Como assim?”, perguntou Fanini. “Veja lá uma empresa parceira!”, respondeu Richa.

Picolé de Chuchu x O Louco x Urtigão

É interessante a ideia do marqueteiro Luiz Guimarães de transformar o apelido mais conhecido de Geraldo Alckmin num dado positivo: de “Picolé de Chuchu” para “Bom pra Chuchu”. Seria mais ou menos como o marqueteiro do senador Roberto Requião (que é ele mesmo) mudar o conhecido codinome que o acompanha desde sempre “O Louco” para “Louco pra burro”. No caso de Osmar Dias, o Urtigão também poderia ser aproveitado por algo como “Urtigão só diz Não”.