Política

Coluna Contraponto do dia 06 de julho de 2018

Quem quer Requião?

Roberto Requião ficará louco com esta singela constatação, mas ela é a expressão da verdade: da família Barros a Osmar Dias, de Ratinho Jr. a Rubens Bueno, de Alvaro Dias a Rafael Greca, de Beto Richa a Orlando Pessuti, todos eles sonham com uma aliança com o MDB. Mas sem Roberto Requião. Porque a vida não é justa e aliança política menos ainda.

TC: melhor não

Com 71 anos de história, o Tribunal de Contas do Paraná não teve uma única mulher como conselheira, informa a Gazeta do Povo. Ainda bem. Que mulher aguentaria conviver com a única contribuição do TC/PR para o patrimônio do Paraná, as “ressalvas nas contas públicas” durante 71 anos? Ressalva faz mal pra pele, gente.

É mentira!

Houve insistentes tentativas durante a tarde e o início da noite de quarta-feira para plantar uma notícia “fake” nos blogs e em outros veículos: a de que o deputado Rubens Bueno (PPS) teria chegado a um acordo com o candidato Ratinho Jr. (PSD) visando a uma aliança entre seus dois partidos. E com a possibilidade de Rubens ocupar uma vaga proeminente na chapa, como vice-governador ou senador.

Só boato

Localizado tarde da noite ainda em trabalho no plenário da Câmara Federal, Bueno foi enfático ao afirmar que não há absolutamente nada neste sentido e autorizou o Contraponto a desmentir o que classificou como “boato sem fundamento”.

Sem parcerias

O PPS do Paraná, disse Rubens, não fechou ainda parceria com nenhuma das candidaturas ao governo do Estado, mas confirmou que vem conversando diretamente ou por meio de interlocutores com Osmar Dias (PDT), com quem tem mais afinidade política. Mas as conversações com Osmar ainda não estão concluídas, mesmo porque, explicou Rubens, sua prioridade é atuar no âmbito nacional visando construir uma opção que dê ao País a oportunidade de não cair em mãos inábeis, citando especificamente os casos de Jair Bolsonaro ou, no outro extremo, de Lula ou algum preposto dele.

Mofando na cadeia

No mesmo dia em que o ex-diretor do DER Nelson Leal foi preso, também teve o mesmo destino o engenheiro Hélio Ogama, presidente da Econorte, a administradora da BR-369, no norte do Paraná. Ambos, segundo o Ministério Público Federal, trocavam figurinhas – Ogama inflava tarifas de pedágio e Leal aprovava.

Ativos e passivos

Os dois e mais uma dezena de servidores e empresários menores foram identificados como beneficiários ativos e passivos de operações que renderam milhões, conforme concluiu a Operação Integração, deflagrada em fevereiro deste ano pela força-tarefa da Operação Lava Jato.

Saiu e ficou…

Nelson Leal foi rapidinho: fez volumosa delação, na qual teria feito menções a superiores e inferiores, e conseguiu sair da prisão e ir para casa usando tornozeleira. Ogama, no entanto, com paciência oriental, estaria se recusando a aceitar sugestões de advogados para que faça o mesmo. Está preso há mais de quatro meses e não dá sinais de qualquer disposição para abrir a caixa de ferramentas.

Candidatos a presidente viraram ameaça

No contrassenso que virou o Brasil, não estamos analisando o perfil dos candidatos a presidente que se apresentaram até agora. Estamos tentando lidar com as ameaças. A esquerda ameaça com Jair Bolsonaro, a direta vem com a volta de Lula e o centro joga na mesa o desacorçoado Geraldo Alckmin para se livrar dele logo. E o pessoal do andar de baixo, Ciro Gomes, Marina Silva, Alvaro Dias, quiçá Henrique Meirelles, ameaça com todos os nomes citados para se posicionarem melhor. E o povo terá de decidir até outubro como se livrar de tanta gente ameaçadora e eleger alguém minimamente preocupado com o País. Não tá fácil pra ninguém.