Cascavel – Um trabalho inédito que está sendo realizado em Cascavel está mobilizando os profissionais das secretarias municipais de Educação e Assistência Social, envolvendo crianças com até 6 anos de idade. Durante esta semana está sendo realizado um trabalho de escuta qualificada com cerca de 10 mil crianças que frequentam as escolas municipais, Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil) e os programas assistenciais.
O trabalho é parte fundamental da construção do Plano Municipal pela Primeira Infância da cidade, que vai apontar quais são as principais necessidades desse público. Para realizar as ações, os coordenadores pedagógicos que atuam com a Educação Infantil foram capacitados para este trabalho que está sendo feito de forma separada, por meio de atividades, tendo como referência realidade dos bairros em que as escolas e Cmeis estão inseridos.
Em seguida, os registros das crianças serão compilados utilizando fotos, vídeos, desenhos e as mais diversas formas de identificação das problemáticas, sob a ótica das próprias crianças. A secretária de Educação de Cascavel, Marcia Baldini, disse que essa é a maior escuta qualificada voltada para a primeira infância que está sendo realizada no Brasil (10 mil crianças de até 6 anos), já que a maioria dos municípios acabam realizando por amostragem. Os trabalhos estão sendo executados durante esta semana, porque o Dia D da Escuta qualificada foi na segunda-feira (27).
Segundo Baldini, ao realizar um processo de escuta às crianças de forma ampla e massiva, a cidade se consolida como referência em gestão pública com priorização à primeira infância. Cascavel aderiu ao Programa Primeira Infância na Escola do Ministério da Educação e vem realizando planejamento para atendimento ao que preconiza a Lei da Primeira Infância, recém aprovada no Congresso Nacional.
Urban95: Cascavel é a única do Paraná
Além disso, é o único município do Paraná que entrou na iniciativa Urban95 promovido pela Fundação Holandesa Bernard Van Leer, sendo esta, uma iniciativa global que busca incluir a perspectiva de bebês, crianças pequenas e cuidadores, no planejamento urbano, nas estratégias de mobilidade e nos programas e serviços oferecidos nas cidades, tendo como referencial, a experiência de uma criança de três anos de idade que, em média, até 95 centímetros de altura.
Hudson Moreschi Júnior, secretário municipal de Assistência Social, ressaltou o engajamento do Município que está movimentando esforços e priorizando os atendimentos das crianças de até 6 anos e ouvir esse público é de extrema importância. “Para construir um plano tem que ouvir as necessidades reais, traçando dessa forma um diagnóstico da nossa cidade que vai nortear as políticas públicas nos próximos 10 anos”, disse. Durante essa coleta de informação dos pequenos, eles têm feito observações sobre o que o bairro em que elas moram o que queriam que os locais tivessem, justamente para traçar o planejamento urbano futuro com as considerações deste público que precisa ser ouvido e ter os seus anseios observados.
Foto: Secom
