Política

Audiência Maria Paraguaia

Está marcada para hoje, a partir das 9h, a primeira audiência de instrução de Maria Conceição de Queiroz, a Maria Paraguaia.

O interrogatório ocorre no Fórum da Justiça Federal de Cascavel, na Avenida Tancredo Neves, a portas fechadas, porque o caso corre em segredo de Justiça, por se tratar da suspeita de tráfico de crianças. O caso foi encaminhado ao MPF (Ministério Público Federal) após ser investigado pela Polícia Federal de Cascavel.

De acordo com o advogado de defesa, Felipe Velozo, Maria Conceição deve chegar entre 8h30 e 9h no Fórum. Ela está presa em Corbélia e deve vir com escolta da polícia. “Foram arroladas 16 testemunhas. 11 do Ministério Público Federal e 10 da defesa, que arrolou cinco das mesmas testemunhas do MPF”, explica.

Se todas as testemunhas comparecerem, pode ser que Maria Conceição seja ouvida na mesma audiência e, portanto, esta seja a primeira e única audiência do caso.

“Se não restarem diligências a serem realizadas, abre-se prazo para o MPF fazer suas alegações finais e, posteriormente, para a defesa apresentá-las. Depois, o processo é concluso para sentença da Justiça”, afirma.

Pela quantidade de testemunhas, a previsão é de que o interrogatório dure o dia todo.

O caso

Maria Conceição de Queiroz está presa desde outubro do ano passado. Ela foi detida e transferida à Cadeia Pública de Corbélia, onde ficam as mulheres em situação de prisão provisória. Ela é investigada desde que um bebê, de um ano e oito meses, foi encontrado abandonado em frente à casa onde a suspeita morava, no Bairro Cascavel Velho, em uma casa de propriedade da Cohapar (Companhia Habitacional do Paraná) destinada a programas de assistência social. Depois de muitas alegações, a polícia descobriu que a criança, paraguaia, estava na casa de Maria Conceição. Na residência, havia uma adolescente, de 17 anos, mãe do bebê e mais uma menina, de 10 anos. Maria Paraguaia foi denunciada porque teria tentado intermediar uma adoção ilegal para o bebê. Logo depois, à Polícia, a acusada disse que é parente das crianças e que apenas estava tentando ajudar a mãe das crianças, que supostamente sabia que os três estavam em Cascavel.