Cotidiano

Alasca, uma nova Amsterdã? Estado pode autorizar consumo nas lojas onde a maconha é vendida

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JUNEAU – James e Giono Barrett, irmãos que moram em Juneau, capital do estado do Alasca, nos Estados Unidos, têm um sonho: que alguns dos passageiros, que chegam em navios de cruzeiro que desembarcam ali, usarão um dia suas excursões para descontrair e fumar maconha na sua loja, a primeira de varejo de marijuana na cidade.

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A maconha foi legalizada para uso recreativo no Alasca em 2016, mas seu uso ainda não foi regulamentado. A proposta dos irmãos é que as lojas possam, além de vender, oferecer pequenos lounges para consumo dos clientes, em um estilo mais parecido com o que acontece em Amsterdã, na Holanda.

Oito estados e o Distrito de Columbia já legalizaram o uso recreativo da erva, mas nenhum deles autoriza o consumo fora dos domicílios. Caso aprovada, a legislação valeria para qualquer loja – inclusive as que se instalarem perto dos portos. Porém, como ainda não está regulamentada, não se sabe quais as restrições que serão aplicadas para os donos dos estabelecimentos.

A ideia dos legisladores é atrair parte dos US$ 260 milhões dos cerca de um milhão de turistas que chegam à cidade todos os anos, grande parte por navios de cruzeiro.

Críticas dos locais

Loren Jones, membro do Conselho de Controle de Marijuana do Alasca e que votará pela aprovação ou não da medida, acredita que as operadoras que esperam ganhar dinheiro com os turistas estão sendo irrealistas. Ele disse que se tantos estados têm ervas legais agora, “é bobagem pensar que as pessoas iriam fazer um cruzeiro para o Alasca apenas para poder fumar”.

“Quando um navio da Disney vem com as famílias, eu não acho que eles vão correr para consumir maconha, mas virão para observação de baleias ou de pesca”, disse Jones, acrescentando que não sabia como iria votar ainda.